Metalúrgicos de todo o Brasil estão alarmados com o avanço da Covid-19.
Os dirigentes lutam pra proteger os trabalhadores e a população. Quinta (25), as Federações de SP, ligadas à Força Sindical e à CUT, enviaram ofício aos sindicatos patronais por negociações de medidas que protejam os empregados neste momento crítico.
A Carta, intitulada “Acordo Marco Emergencial em Defesa da Vida e do Trabalho”, propõe isolamento severo com parada da produção por 15 dias, mantendo-se empregos e direitos.
Presidente da Federação dos Metalúrgicos da CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, Luizão, diz: “Vamos monitorar até 4 de abril pra ver como fica a curva da doença. O absenteísmo está em 10%, quando o normal é 2%. Sem parar fábricas, não dá pra barrar a contaminação”.
Segundo ele, empresas têm se mostrado dispostas a adotar medidas, ainda que não a paralisação. “Há setores que não podem parar, como os que fabricam respiradores. Mas, ainda assim, mostram disposição de adotar medidas pela vida dos funcionários”, afirma.
Montadoras – Renault e Toyota vão suspender a produção segunda (29) e devem retornar dia 6. Volkswagen e Volvo darão férias coletivas de até 20 dias. Na quarta (18),General Motors e Mercedes anunciaram medida semelhante em todo País, a partir de 30 de março.
A Carta propõe diálogo com o Executivo e o Congresso para projetos de Reconversão Industrial, a fim de atender o Sistema Único de Saúde e outras redes. As entidades também se colocam à disposição por um Pacto em Prol da Vida e do Trabalho.
“Sabemos da dificuldade das pequenas empresas nacionais, que não têm o porte de uma multinacional, ao paralisar as atividades sem apoio do governo. Estamos dispostos a atuar com os empresários por mais crédito”, adianta o dirigente da CUT.
MAIS – Acesse o site das Federações – www.fedmetalsp.org.br e www.femcut.org.br.