No ataque o governo, na resistência os Servidores, no meio a reforma administrativa. Alijada, a sociedade, que não foi chamada a debater um assunto de seu interesse. Até porque a PEC 32 desmonta áreas vitais do Estado e abre a privatização de serviços públicos essenciais.
Coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores, Oswaldo Augusto de Barros sintetiza: “O funcionário deixará de ser servidor público pra virar empregado do político de plantão”.
A terça foi de forte ação sindical em Brasília. Entre os objetivos, abrir diálogo com parlamentares pra que a Proposta de Emenda à Constituição 32/2020 não vá a voto. Houve ações no aeroporto, no desembarque de deputados. À tarde, ato em frente à Câmara.
Deputado Rogério Correia (PT-MG) avalia que governo não tem votos suficientes pra aprovar a matéria na Comissão Especial. “Isso se deve à forte mobilização das entidades”, afirma. Mas ressalva que a pressão dever persistir, porque, a qualquer vacilo, a PEC vai a voto.
Presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, João Domingos, defende que se retire o Artigo 37-A da Proposta – destrutivo aos serviços públicos. “A essência da PEC é o 37-A, que privatiza serviços vitais”, alerta.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo, esteve nas manifestações em Brasília. Ele reafirma: “A valorização dos serviços públicos é crucial para o Estado e o povo brasileiro”.
Pressão – O professor Oswaldo, do Fórum, ressalta que as entidades de base têm feito corpo a corpo efetivo com parlamentares e seus apoiadores. Ele pede que se intensifique o trabalho pelas redes sociais. “Temos pressa. É tudo pra ontem”, afirma.
MAIS – Contra a PEC 32 e FST.