19.1 C
São Paulo
quinta-feira, 10/07/2025

Trabalhador vota em trabalhador

Data:

Compartilhe:

“Trabalhador sempre vota em trabalhador. Mande para o Congresso um representante dos seus interesses e não dos patrões!!! Vote certo, porque depois não adianta chorar!!!”

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.

O texto acima foi escrito há cerca de setenta anos por Bertolt Brecht (1889- 1956), dramaturgo e poeta alemão e permanece atual.

Muitos continuam abrindo mão desse direito. A quem interessa uma população alienada, que não luta por seus direitos? Interessa apenas aos ladrões de plantão.

Se houvesse alguma punição por propaganda enganosa de políticos como ocorre em relação a produtos submetidos ao Código de Defesa do Consumidor, muita gente perderia o cargo. E a culpa disso é do eleitor.

Ele quer se livrar da urna, votar e sair correndo porque, para ele, política é coisa suja, que não tem jeito.

O triste é que, na prática, ele está assinando uma procuração para alguém em quem não confia e que nada tem a ver com ele, para representá-lo na administração do dinheiro dele, na execução das escolas em que o filho dele estudará, no planejamento dos hospitais em que ele algum dia estará, nos direitos trabalhistas que ele tem e pode perder.

Aí está a importância da participação política. Devemos escolher um deputado estadual e um federal que nos representem e lutem pelos direitos dos trabalhadores e, sobretudo, dos comerciários.

Na última eleição, tivemos a felicidade de ver o Presidente da Fecomerciários-SP, Luiz Carlos Motta, ser eleito Deputado Federal e isso foi muito bom para a nossa categoria e para os trabalhadores em geral. Juntamente com outros parlamentares que representam a classe trabalhadora, ele impediu a retirada dos nossos direitos e conquistou outros.

Também verifique o senador e os candidatos a governador e, por fim, pense bem antes de decidir por um candidato ou candidata à presidência. Depois não adianta reclamar dos salários, da inflação, da economia. Não importa se o candidato(a) é bonito, feia, gordo, magra, alto, baixa, simpático ou antipática. O que importa é o seu caráter, a seriedade no trato do dinheiro público e o compromisso com as promessas de campanha.

Trabalhador sempre vota em trabalhador. Mande para o Congresso um representante dos seus interesses e não dos patrões!!! Vote certo, porque depois não adianta chorar!!!

Clique aqui e leia mais artigos de Walter dos Santos.

Acesse – www.comerciariosdeguarulhos.org.br

Conteúdo Relacionado

O despertar de consciência de um povo adormecido – Eusébio Neto

Ao longo de nossa trajetória histórica, a população brasileira sempre permitiu, de maneira passiva, a exploração e o escárnio por parte da elite, denominada...

Garantir a regulação do setor elétrico no Brasil – Murilo Pinheiro

Corte orçamentário de R$ 38,6 milhões para o ano em curso prejudica funcionamento da Aneel, que anunciou a demissão de 145 funcionários e a...

Fortalecer a negociação coletiva tem futuro – Clemente Ganz Lúcio

Conquistar e proteger os salários, os direitos e as condições de trabalho é a atribuição primeira e uma atividade permanente dos sindicatos. Há no...

Menos e não mais deputados – Josinaldo José de Barros (Cabeça)

A partir da próxima legislatura, a Câmara de Deputados terá mais 18 deputados federais, subindo de 513 pra 531 o número de componentes.A próxima...

Os quatro mandamentos – João Guilherme Vargas Netto

Estes são os quatro mandamentos a serem escrupulosamente seguidos pelos dirigentes sindicais empenhados em bem cumprir suas tarefas e cujas atitudes os definem como...