Após 19 dias de greve, os trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) decidiram suspender o movimento paredista. Nesta quinta (16), às 15 horas, haverá reunião entre os Sindicatos de Jornalistas e Radialistas e a empresa, mediada pelo Ministério Público do Trabalho.
Segundo as entidades que representam os funcionários da EBC em São Paulo, Rio e Distrito Federal, a liminar concedida pelo ministro Emmanoel Pereira, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinando a manutenção de 60% do efetivo na emissora foi um dos motivos que levaram a categoria a suspender a greve.
Para a coordenadora-geral do Sindicato dos Jornalistas do DF, Juliana Nunes, essa mobilização já se tornou memorável. “Demos uma demonstração de luta”, afirma Juliana.
Reunião – Após a reunião mediada pelo Ministério Público do Trabalho, o TST também irá agendar uma audiência de conciliação. De acordo com a dirigente do Distrito Federal, a postura intransigente da EBC está em sintonia com o processo de desmonte, censura e perseguição promovido pelo governo Bolsonaro.
Juliana lembra que o governo, inclusive, planeja privatizar a empresa. Do outro lado da corda, os trabalhadores e dirigentes sindicais resistem e tentam barrar o processo.
Acordo – A política da EBC é de não negociar o Acordo Coletivo de Trabalho. Além da recusa, a intransigência também foi o que levou os trabalhadores à greve.
Reivindicações – Os trabalhadores da EBC reivindicam reajuste salarial justo. A empresa chegou a oferecer 11%. Os sindicalistas calculam as perdas em 20%, uma vez que não houve qualquer reajuste em 2020.
MAIS – Acesse o site dos Jornalistas de SP, do Rio, do DF e dos Radialistas de SP, Rio e DF.