Trabalhadores do transporte coletivo do Estado de São Paulo organizam Greve dia 20. Eles exigem um cronograma de vacinação. A paralisação deve atingir os 645 municípios paulistas, com adesão de condutores de ônibus, metroviários, ferroviários, motoboys, caminhoneiros, motoristas de aplicativo, entre outros.
Metroviários aprovaram quarta (7) adesão ao movimento. Coordenador-geral do Sindicato, Wagner Fajardo alerta: “O profissional de transporte precisa de vacinação o quanto antes. Cerca de 20 metroviários perderam a vida e mais de 1,6 mil foram infectados”.
A Federação Nacional dos Metroferroviários e os Ferroviários da CPTM também devem aderir. Lideranças dos motoristas e cobradores se reuniram dia 1º de abril, no Sindmotoristas, pra organizar a luta. Participaram representantes da Força, Nova Central, CUT, UGT e CTB.
Presidente estadual da Nova Central, Luiz Gonçalves diz: “Não podemos pagar com vidas a irresponsabilidade de governantes que não se unem contra a pandemia”. Presidente do Sindicato em Guarulhos e vereador na cidade, Maurício Brinquinho (PT) também participou.
Presidente do Sindmotoristas, Valdevan Noventa informa que as autoridades de Saúde e do Executivo municipal, estadual e federal serão notificadas. “Terão 15 dias pra se posicionar. Sem providências, a paralisação vai acontecer”, alerta.
Os companheiros morrem por conta do ambiente de trabalho e as autoridades fingem ignorar. “Nosso movimento colocará fim ao descaso”, afirma Noventa. De acordo com o Sindmotoristas, a categoria teve dois mil casos suspeitos, 1,3 mil confirmados e 131 mortes.
O Ministério da Saúde calcula em 751,5 mil as pessoas a serem vacinadas nos transportes. Destas, 678,2 mil são dos sistemas de ônibus e vans; 73 mil são metroviários e ferroviários.
Na lista de prioridades, o trabalhador em transporte ocupa a posição 23 (ônibus) e 24 (trens), entre 29 posições. Ainda não há data pra vacinar esses profissionais.
Mais – Acesse www.sindmotoristas.org.br e www.metroviarios.org.br/site/