A suposta modernização das relações Capital-Trabalho, demonstra, a cada dia, que veio pra precarizar o lado do Trabalho e destruir a competitividade, mola propulsora do progresso.
Em 2021, assistimos a tudo que num país sério acarretaria rubor aos menos crédulos e indignação aos mais esclarecidos.
O terror de uma pandemia que parece sem fim, uma economia que nada consegue reerguer, a falta de disposição dos empresários em investir, a figura caricata de um Executivo inoperante, um Parlamento serviçal em busca da aprovação de questões particulares, esquecendo a FOME que é tratada com carcaça de frango e ossada descarnada.
E a indignação? Acuado, muitas vezes receoso do que será o dia seguinte, agradecendo a continuidade de sua “Carteira Assinada”, segue o Trabalhador. O que lhe resta são as plataformas de trabalho (Uber, iFood, 99), o tal “trabalho por aplicativo” ou app para os mais chegados, entre tantas novas formas de contratar, das quais é retirado o máximo possível dos direitos sociais, em troca de um salário de miséria.
Essa é, infelizmente, a nossa realidade hoje!
Falar dela choca a sensibilidade de muitos, pois a sentimos caminhando pelas ruas, vemos o número sem fim de famílias vivendo ao relento. Não dá pra fechar os olhos; a realidade é evidente.
O número de voluntários levando comida a esses necessitados dá um “exército” que não vence a batalha diária.
Tragédia anunciada. Alertamos que a Reforma Trabalhista iniciada em 2017 com a aprovação da lei 13.467, e que propunha a suposta modernização das relações Capital-Trabalho, demonstra, a cada dia, que veio pra precarizar o lado do Trabalho e destruir a competitividade, mola propulsora do progresso.
Ela devolveu a você o dia de trabalho anual que financiava seu Sindicato (cerca R$ 2 bilhões, para sustento de quem defende seus salários e direito, dividido entre 11 mil Sindicatos). Nesta semana os senhores Parlamentares aprovam R$ 5,8 bilhões a 30 e poucos partidos, pra campanhas eleitorais. E a mídia criticou no primeiro dia, no segundo com menos veemência; hoje são apenas críticas e depois, bem estamos no Natal, hora de confraternização.
Essa não é a pintura de Natal que gostaríamos de deixar, mas você trabalhador tem que estar atento. Sindicato fraco? Jamais…. depende de sua participação no debate e no custeio, sindicalizando-se ou não. Mantenha-se informado e use como reflexão essa pesada mensagem, talvez seja fruto de dias de solidão, embora muito confortado por amigos, parentes e familiares. Somente você pode mudar o rumo de tudo isso.
Professor Oswaldo Augusto de Barros
Coordenador do FST – CNTEEC – FEPAAE – NCST
Acesse – https://fstsindical.com.br/novo/
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