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sábado, 25/01/2025

Valor da cesta básica cresce nas 17 Capitais

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O governo deveria estabelecer como prioridade máxima o controle dos preços dos produtos da cesta básica. Veja: de novembro de 2023 ao mesmo mês de 2024, a cesta subiu 10,56% em São Paulo e 11,19% no Distrito Federal. Informa a pesquisa mensal do Dieese.

Rodolfo Viana, economista do Dieese, falou à Agência Sindical. Segundo ele, há várias razões para o aumento dos preços na cesta. As principais estão ligadas ao clima e demandas externas fortes, a depender do produto.

Ele explica: “A carne bovina, por exemplo, subiu 11% só em Brasília entre outubro e novembro. A seca que o Brasil atravessou em 2024 atrapalhou e diminuiu a oferta de boi gordo. Outros exemplos são óleo de soja, que está sendo exportado bruto e com menos oferta, resultando em produto mais caro. Tomate e banana, que tiveram os cultivos afetados pelo clima, como chuvas excessivas e alta onda de calor”.

Câmbio – O economista e professor ressalta: “Com a taxa de câmbio mais desvalorizada os alimentos brasileiros ficam mais caros lá fora. A relação entre Real e Dólar impacta muito. Quanto mais desvalorizado o Real, mais barata a mercadoria fora do País. Isso aumenta a demanda por produto que pode ser exportado”.

Governo – Para Rodolfo, o governo não tem culpa direta na alta dos preços, mas destaca políticas pra melhorar esse cenário: “Alguns caminhos são mais crédito à agricultura familiar, ao plano safra, por exemplo, e aumentar a produtividade no campo com máquinas e equipamentos modernos. Reativar, de forma decisiva, os estoques regulamentadores. Ou seja, quando houver excesso de produto, compra-se em grande quantidade. Quando houver falta, é vendida parte pra regular o preço. O Brasil já fez isso no passado, o que deixou de acontecer nos governos Temer e Bolsonaro. Seria importante retomar.”

Futuro – A expectativa para o próximo ano, segundo Rodolfo Viana, é o Brasil ter uma boa participação da agropecuária. Em relação a questões climáticas, espera mais normalidade de chuva e temperatura. Com isso, a oferta aumenta sem maiores quebras. O economista ressalta: “Espera-se que a alta dos valores se arrefeça e não apresente aumentos tão robustos ao longo do ano”.

Clique aqui e acesse a pesquisa.

MAISSite do Dieese.

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