Em todo 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalho, reafirmamos como sindicalistas nossas lutas, conquistas e avanços sociais. Em 2022 a data celebrada amanhã terá um sentido especial e será marcada por grandes expectativas de mudanças. Mudanças que se inscrevem no combate às políticas liberais que tanto prejudicam os trabalhadores na luta pela retomada e ampliação dos direitos trabalhistas e na ampla defesa da democracia.
Após dois anos realizando o 1º de Maio totalmente on-line devido à pandemia que castigou o mundo, voltaremos a realizar um ato unificado presencial, na Praça Charles Miller (Pacaembu), em São Paulo. Manteremos, entretanto, o esforço pela unidade de ação que se aprofundou nos dois últimos anos. As centrais Força Sindical, CUT, UGT, CTB, Nova Central, Pública Central do Servidor e Intersindical realizarão juntas esse ato sob o lema Empregos, Direitos, Democracia e Vida.
O momento exige a união das forças progressistas para alcançar um futuro melhor, já que o presente está muito difícil para a classe trabalhadora no Brasil. O desemprego está em 11,1%, um índice ainda escandaloso, indicando quase 12 milhões de brasileiros fora do mercado de trabalho.
A remuneração tem sido cada vez mais baixa. Como a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, afirmou na divulgação da Pnad de março de 2022: “Embora haja expansão da ocupação e mais pessoas trabalhando, isso não está se revertendo em crescimento do rendimento dos trabalhadores em geral”. Aumento da pobreza e da fome!
E, além do desemprego e dos baixos rendimentos, o povo está oprimido pela volta das altas taxas de inflação e pelo alto custo de vida. Uma combinação que fatalmente resulta no aumento da miséria, da população de rua, da mortalidade precoce, da marginalização, da criminalidade e de todas as chagas advindas de políticas disfuncionais e descomprometidas com o bem comum.
Esse é o trágico resultado da reforma trabalhista de 2017 e da política de desindustrialização implementada nos últimos anos: exclusão social, empobrecimento e fuga de grandes empresas com cadeias produtivas potencialmente geradoras de empregos formais de qualidade.
Neste ano eleitoral, que marcará o bicentenário do Brasil independente, temos urgência em combater a crise que castiga os trabalhadores e de levar adiante as propostas sistematizadas no documento lançado na Conclat 2022 (Conferência da Classe Trabalhadora) em 7 de abril. Propostas que apontam para a necessidade de investir forças em um projeto nacional pautado pela soberania, pelo desenvolvimento social e pela sustentabilidade.
Precisamos fazer jus a nossa história e livrar o Brasil da maldição de um governo autoritário, retrógrado, irresponsável e insensível para seguir em frente. Vale ressaltar o fortalecimento da democracia e da liberdade de imprensa.
Essa grande expectativa de mudança animará o 1º de Maio Unificado na Praça Charles Miller. Vamos intensificar nossa luta por mais empregos e renda, combate à inflação, diminuição do preço do gás e da gasolina, valorização do salário mínimo, erradicação da fome, valorização do servidor público, menos juros, aposentadoria digna, mais investimentos em saúde, educação e moradia.
É urgente fazer o país avançar. É vital fortalecer a luta da classe trabalhadora para garantir um futuro ao Brasil.
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