O trabalhador deve votar em candidatos afinados com as demandas da sua classe, a inclusão social e a preservação de direitos trabalhistas. E evitar votar em quem só faz promessas, mas na hora de governar favorece os ricos e sacrifica pobres, trabalhadores, mulheres e minorias, como a população negra, por exemplo.
Quem diz isso é um vigoroso homem de 82 anos, que já foi braçal, líder sindical e ministro de Estado. E trabalha até hoje, na assessoria a entidades sindicais de trabalhadores.
Seu nome é Antônio Rogério Magri, paulistano do Cambuci, torcedor do Palmeiras, casado desde a juventude com Izabel. É pai de dois filhos, tem netos e bisnetos.
ENTREVISTA – Na quinta (15), ele participou da live semanal do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, conduzida pelo jornalista João Franzin, coordenador da Agência Sindical.
TRECHOS PRINCIPAIS:
LULA – “Eu o conheci em 1977. Na época eu já era dirigente dos Eletricitários do Estado de São Paulo. Ajudei naquela greve e lá vi um líder que me impressionou. Era o Lula, então bastante jovem”.
BOLSONARO – “Esse aí não tem coração. Não se emociona com o drama das pessoas. Seu governo é uma tragédia, com tanto desemprego, ataques a direitos e miséria pra todo canto”.
CONGRESSO – “Precisamos eleger gente nossa, que entenda o que é um trabalhador, o que é viver com salário apertado, o que é procurar emprego e não encontrar, o que é ver contas chegando e não ter como pagar”.
JUDICIÁRIO – “Esse poder vive dentro de uma bolha. Não tem vínculo com a realidade. Eles não sabem o que é pegar ônibus lotado. Sair de casa às cinco da madrugada e só voltar à noite. Vivem numa bolha”.
RELIGIÃO – “O fator religioso não pode ser obstáculo à tomada de consciência do cidadão. Eu sou católico, sou um homem de profunda fé em Deus. Mas isso não me aliena dos problemas sociais e dos dramas humanos. Pelo contrário”.
BANCADAS – “É bancada disso, bancada daquilo. Na hora de votar, aprovam a reforma trabalhista, a previdenciária, cortam direitos dos mais pobres, reduzem políticas públicas de inclusão”.
SINDICATO – “Tentaram destruir o sindicalismo, mas o movimento sindical resistiu. Cortaram receita das entidades dos trabalhadores. Mas no Sistema S, que é patronal, os governantes não tiveram peito de mexer”.
DIRIGENTES – “O sindicalismo tem que preparar seus dirigentes pra que eles possam ser vereadores, deputados ou mesmo presidente da República, como é o caso do Lula. O sindicalismo tem gente muito boa”.
POLÍTICA – “Tem que ser na base do diálogo, da negociação e da pressão, mas sem imposição, gritaria e baixaria. A lógica da negociação é nem oito nem oitenta. Pra isso, existe a boa negociação”.
CORAÇÃO – “O político precisa ter alma, coração, ser um servidor do povo e da Nação”.
OPÇÃO – “Pra presidente, sou Lula, com total tranquilidade. Jair Bolsonaro nunca trabalhou, foi expulso do Exército porque queria pôr bomba em quartéis. Ele vive da política e levou seus filhos pra esse caminho também. Bolsonaro é incompetente e vagabundo”.
INFORMAÇÃO – “Eu sei que a vida dura e corrida do trabalhador dificulta que tenha informações mais seguras sobre os candidatos. Mas é preciso se informar e escolher a chapa desde já: do deputado estadual ao presidente da República.”
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