Economia robusta, mercado de trabalho aquecido. É o que mostra a recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Número de desempregados caiu 6,4% no terceiro trimestre. Trata-se da menor taxa para o período desde 2012, início da série história do levantamento.
Outra queda é na quantidade de pessoas que procuram trabalho por dois anos ou mais. Esse número caiu para 1,5 milhão. Índice é o menor para um terceiro trimestre, desde 2014.
O professor e economista do Dieese, Rodolfo Viana, falou à Agência Sindical.
Avaliação – Rodolfo comenta: “O resultado é muito bom e reforça o desempenho favorável da nossa economia, que retoma a trajetória de crescimento com redução do desemprego e melhora na renda”. O professor explica as razões: “É a retomada da política de valorização do salário mínimo com ganhos reais, a dinamização do mercado interno, a ampliação do valor do Bolsa Família, entre outros fatores e políticas de governo”.
Apesar dos resultados positivos, a pesquisa apresenta alguns problemas do mercado de trabalho, explica o economista. Tais aspectos dizem respeito ao número de desempregados quando comparados gêneros e raça.
Rodolfo Viana afirma: “A taxa de desemprego dos homens está em 5,3%, enquanto para as mulheres é de 7,7%. Os brancos têm taxa de desemprego de 5%, na média; enquanto pretos registram 7,6% e pardos, 7,3%, respectivamente. Índices substancialmente maiores”.
O levantamento reforça ainda a importância do nível de estudo. A taxa de desemprego de pessoas com nível superior completo ficou em 3,2%. Rodolfo conclui: “A diferença é muito grande quando se compara a pessoas com ensino médio incompleto, cujo índice está em 10,8%”.
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