O 1º de Maio é um marco na vida do Movimento Sindical Mundial, em função da luta de trabalhadores pela redução da jornada, melhorias salariais, descanso semanal e férias.
Quando vemos um Brasil de desempregados, com desmandos contra direitos trabalhistas e pouco ou nada se fazendo pra conter a sanha do Capital, explorando a mão de obra do TRABALHO, é momento de uma profunda reflexão.
O 1º de Maio não é só um feriado a ser comemorado, que ironicamente neste ano cai no sábado. É um marco na vida Sindical Mundial, em função da luta de trabalhadores pela redução da jornada, melhorias salariais, descanso semanal e férias.
A paralisação na cidade de Chicago, Revolta de Haymarket (Haymarket Affair), resultou em trabalhadores mortos e feridos, em confronto com a polícia, em maio de 1886. Em 1889, a França em homenagem aos “Mártires de Maio” criou o 1º de Maio como o “Dia do Trabalho”, hoje comemorado em mais de 80 países.
No Brasil, somente em 1925, no governo Arthur Bernardes, é que o Dia do Trabalho passou a ser oficializado como feriado nacional.
É bom lembrar que, antes de oficializada a data, em 1917 ocorreu a paralisação no Cotonifício Crespi, que empregava 2.000 trabalhadores, no bairro da Moóca, em SP. Os operários pediam aumento de salário, redução da jornada, além da proibição do trabalho infantil e do feminino no turno da noite.
Tal movimento fez com que trabalhadores em outras empresas aderissem à luta e, assim, as ruas do Centro de SP foram tomadas. Violência policial foi empregada e há um número nunca divulgado de mortos e feridos.
A unidade dos trabalhadores gerou, em 1º de maio de 1940, na era Vargas, a normatização do Salário Mínimo. Em 1º de maio de 1943, o anúncio da Consolidação das Leis do Trabalho.
Tristemente, o Trabalhador foi enganado em 2017 com uma Reforma Trabalhista que prometeu falsos empregos, flexibilizou conquistas de décadas, estimulando o subemprego, que retira condições mínimas para a vida econômica e social do trabalhador.
O que comemorar, então? Precisou a fome da Pandemia bater à porta para que o próprio empresariado notasse que faltou equilíbrio. Pra reconquistá-lo é necessária UNIÃO. Ouvir a todos. Criar condições de atender aqueles que estão desassistidos.
Ser SOLIDÁRIO é a nossa causa. Fazer um movimento capaz de demonstrar a importância daquilo que temos condição de realizar.
Morrer por causa da Pandemia, mesmo com todos os alertas feitos, é o imponderável para alguns se concretizando. Entretanto, morrer de fome é estar na contramão dos ideais do Movimento Sindical.
Assim nasceu o “CNTEEC CONTRA A FOME”, como forma de unir pessoas em um sentimento maior, Solidariedade, mola propulsora da vida. A adesão de trabalhadores à causa fraternal de alimentar o faminto demonstra a importância do Movimento Sindical Brasileiro e a sua civilidade.
Assim, comemoraremos um Dia do Trabalho ajudando a colocar comida na mesa daqueles que, vítimas das crises atuais, passam fome.
Nossa UNIÃO só será possível com a participação maciça de todos os trabalhadores. E o agradecimento? Ninguém está preocupado com isso.
Professor Oswaldo Augusto de Barros
Coordenador do FST – CNTEEC – FEPAAE
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