A boa regra manda evitar gerúndio no início de frase. Artigo assinado, menos ainda. Mas foi com um indigesto “Recuperando” (no caso), que o Presidente Lula e o Vice Geraldo Alckmin escreveram na Folha de S. Paulo, domingo, 29, o artigo “Recuperando a indústria para o futuro do Brasil”.
Diz a linha fina abaixo do título: “Estamos atuando ativamente para reverter a desindustrialização precoce, tratada por alguns como problema crônico e insolúvel da nossa economia”.
Gerúndio não é o problema. Problema é que o artigo, bom no conteúdo, não teve repercussão nas mídias sociais, blogs progressistas e afins. Até o meio da tarde desta segunda, 30, a Secom, o site do PT e o Ministério do Trabalho e Emprego não haviam reproduzido sequer trechos do texto.
Dados – Quinto parágrafo do artigo: “Por meio de um dos instrumentos da NIB, o Plano Mais Produção, já disponibilizamos R$ 160 bilhões em linhas de crédito. Ao todo, alcançaremos, até 2026, R$ 342 bilhões para a Agroindústria, Complexo da Saúde, Infraestrutura, Digitalização Industrial, Produção de energias limpas, Biodiversidade e Exportações”.
Renda – A massa salarial dos trabalhadores atingiu R$ 326,2 bi no trimestre encerrado em agosto. Cresceu 1,7% em relação ao trimestre anterior, encerrado em maio, e 8,3% frente ao ano anterior. Segundo o IBGE, esse rendimento real médio chegou a R$ 3.228,00 no trimestre encerrado em agosto. No ano, cresceu 5,1%.
Base – O texto a quatro mãos revela otimismo quanto ao Brasil, e esse sentimento tem lastro. Basta ver o aumento nos empregos formais e a alta na renda média, conforme o IBGE.
Para a Agência Sindical, a questão é: “Se os progressistas e a esquerda não destacam os fatos positivos, a direita acha espaço pra difundir fake news e fatos negativos”. Ululantemente óbvio, não?
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