Na Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, auditores-fiscais de quatro estados denunciaram que a escravidão tem crescido também em áreas urbanas.
Auditor do Pará, Jomar de Souza Ferreira Lima lembra que originalmente o trabalho escravo coincide com a questão da luta por terra. Havia incidência em pastos e carvoarias, várias vezes com menores. Ele diz: “Apesar das ações, rapidamente essas atividades eram retomadas, muitas vezes com os mesmos trabalhadores”.
As ocorrências se expandiam para garimpos e, mais recentemente, para a construção civil. O fiscal aponta ainda a incidência de trabalho escravo e infantil na cultura do açaí.
Doméstico – A auditora Liane Durão de Carvalho destaca ações análogas ao trabalho escravo na Bahia. Ela vê tendência crescente de operações envolvendo trabalho doméstico. Ela afirma: “No ano passado foram quatro, resgatando dois homens e duas mulheres. Uma delas cuidava da casa em troca de roupas, remédios e alimento, nunca recebeu salário.”
Nacional – O Sindicato Nacional dos Fiscais do Trabalho (Sinait) organiza a Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. O evento foi criado pela Lei 12.064, de 2009, que homenageia os três auditores-fiscais e o motorista assassinados durante inspeção de fazendas no município de Unaí, em Minas Gerais, em 28 de janeiro de 2004.