O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região paralisou todas as agências do Itaú nesta quarta (13), na Avenida Paulista. A medida foi um protesto contra as reestruturações que o banco está promovendo, que podem resultar em demissões dos trabalhadores.

Segundo informa a entidade, apenas em 2022, de janeiro a maio, 211 agências físicas já foram fechadas. Só em São Paulo foram 108. Segundo Sérgio Francisco, dirigente bancário e funcionário do Itaú, a ação serviu pra alertar à população.

“Fechamos parcialmente as agências do Itaú na Avenida Paulista até o meio-dia para denunciar este cenário catastrófico que está causando muito sofrimento nos trabalhadores, e para estimular uma negociação com a direção do banco a fim de encontrar caminho que preserve os empregos e a saúde dos bancários”, afirma.

Mudanças – O banco iniciou a reestruturação e automação em duas áreas, o Consignado (Diretoria de Operações Centralizadas) e Veículos (Diretoria de Negócios Itaucred Veículos).

Apenas no departamento de Crédito Consignado, 54 funcionários foram disponibilizados para realocação. Sete demissões nesse setor já ocorreram. A área de veículos será extinta. Nessa, cerca de 140 funcionários atuam. O Itaú deu prazo de 15 dias para os que atuam no Consignado e 60 dias para aqueles que trabalham no setor de Veículos para encontrar outra vaga.

“O problema é que o prazo é insuficiente e não há vagas pra todos. Estamos falando de 200 trabalhadores que podem perder o emprego em um banco que lucrou R$ 7,3 bilhões apenas no primeiro trimestre de 2022”, critica Sérgio Francisco.

“A direção do Itaú deve agir de acordo com a mensagem que apregoa nas publicidades. O que muda o mundo é manter empregos e contratar mais, pra diminuir a sobrecarga e adoecimentos nos funcionários, reduzi a cobrança de metas e preservar agências pra atender melhor a população”, conclui o dirigente.

MAIS – Site dos Bancários de SP.