Avança pouco a Campanha Salarial dos cerca de 450 mil bancários do País. Por isso, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Financeiros, Federações e Sindicatos realizaram terça (30) o Dia Nacional de Luta contra a proposta da Federação Nacional dos Bancos – Fenaban.
Já houve 18 mesas de negociação. A Fenaban propõe 75,8% da inflação, o que gera perda salarial de 2%. Também oferece 100% da inflação (projetada pelo BC em 8,83% pro final de agosto) nos vales-alimentação e refeição. A categoria pleiteia a inflação dos alimentos, cerca de 15,5%. Data-base é 1º de agosto.
Além de faixas e cartazes de protestos, os bancários atrasaram a abertura de agências. O Comando orientou o uso da hashtag #PropostaDecenteouGreve e a marcação dos perfis dos bancos (@itau, @Bradesco, @Santander_br, @BancodoBrasil, Caixa e @Febraban) nas postagens.
Na segunda (29), pouco antes de nova mesa com a Fenaban, Juvândia Moreira, presidente da Contraf-CUT, falou à Agência Sindical. “É enorme o lucro dos bancos. Absurdo que proponham reajuste abaixo da inflação”, criticou. No primeiro semestre, os cinco principais bancos registraram aumento de 14,4% no lucro. Ou seja, R$ 56,5 bilhões. A sindicalista é a coordenadora do Comando Nacional.
ASSÉDIO – A negociação avançou em itens ligados às relações de trabalho, especialmente quanto a assédio sexual e moral. Este ano, a categoria foi sacudida pelo escândalo do então presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Juvândia alerta: “Não é só na Caixa. O assédio tem sido comum nos bancos”.
Teletrabalho – As entidades reclamam que o home office dificulta o diálogo com a base. Os bancos, afirma Juvândia Moreira, resistem em fornecer dados que facilitem o contato ou possibilitem sindicalizar.
Brasil tem cerca de 160 instituições bancárias.
FOTOS – Clique aqui pra ver a galeria de fotos do Dia Nacional de Lutas.
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