Bolsonaro não tem condições de governar, diz ex-ministro Magri

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Magri é ex-ministro do Trabalho e da Previdência, e consultor sindical

Prestes a completar 80 anos, o ex-ministro Rogério Magri, do Trabalho e Previdência Social, se mostra indignado com Jair Bolsonaro. Magri critica: “Ele só se reúne com empresários ricos. Nunca visitou a casa de um pobre”.

Com José Raimundo de Oliveira, o ex-dirigente da CGT, publicou o artigo “Em defesa dos idosos e contra o isolamento vertical”. Diz o texto, acerca do idoso: “Bolsonaro, Guedes e Cia. Querem ver morrer, como que pra se livrar de lhes custear aposentadoria e saúde”.

A live da Agência Sindical da terça, 7, falou com Magri, que atua como consultor sindical.

TRECHOS PRINCIPAIS:

Contaminação – “Quando faço a crítica ao Presidente, faço do fundo da alma. Nunca vi Bolsonaro tratar o aposentado no patamar da dignidade. O aposentado não pode ficar isolado verticalmente, pois corre risco de morte. Quando as pessoas voltam pra casa vão infectar o idoso”.

Mata-idoso – “Pro Guedes e Bolsonaro, quanto mais aposentado morrer melhor. Quanto menos folha de pagamento da Previdência, melhor. Eu jamais desejarei mal a um semelhante. Mas gostaria que Bolsonaro ficasse intubado numa UTI pra ver o que é sofrimento”.

Vertical – “Quando se faz isolamento vertical, aqueles que saem de casa voltam e infectam o idoso. Isso é genocídio”.

Brasileiro – “Falo como cidadão que sou, como dirigente que fui, na luta pelos trabalhadores a vida toda. Não falo como ex-ministro. Que respeito posso ter por Bolsonaro? Ele não tem sentimento; não nasceu pra ser presidente da República”.

Farinha – “Guedes e Bolsonaro são farinha do mesmo saco. Bolsonaro não tem capacidade intelectual e sensibilidade. É um homem duro. Em Davos, quando Lula esteve lá, falou por 40 minutos e foi aplaudido de pé. Bolsonaro foi lá, falou seis minutos e sem saber o que estava falando. É esse tipo de pessoa que preside o Brasil”.

Resistência – “O sindicalismo terá que criar novamente uma estrutura, fora da que existe hoje. Quando você acaba com o imposto sindical, acabou aquele movimento”.

Frente – Defendo a Frente Democrática. Se a luta for pra derrubar o Bolsonaro, tá errado. A ideia é que essa força democrática mostre pra população que o Bolsonaro não fez o que deveria ter sido feito. A extrema-direita saiu do armário. Mas temos um centro e centro-esquerda. Precisa trazer esse pessoal, juntar todos e mostrar que o caminho é pelo social.

Como fazer – Temos que preparar a resistência pra 2022, com uma frente democrática verdadeira que possa governar o Brasil e varrer esse pessoal.

MAIS – Clique aqui e assista à entrevista completa.