23.4 C
São Paulo
domingo, 13/10/2024

Brasil novamente na lista suja da OIT

Data:

Compartilhe:

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) incluiu novamente o Brasil na vergonhosa lista de países acusados de violar convenções internacionais do trabalho como, por exemplo, a Convenção 98, que trata de negociações coletivas.

Aliás, é um embate que estamos tendo no Brasil, de forma mais acentuada, desde o governo Temer, em repúdio à nefasta reforma trabalhista: que não gerou os milhões de empregos prometidos e só serviu para destruir direitos e conquistas históricas da classe trabalhadora, enfraquecer o sindicalismo e as negociações coletivas e precarizar ainda mais as relações de trabalho.

Vergonha mundial: nosso País continua violando os direitos trabalhistas

E a situação só tem piorado no atual governo federal, que não é democrático, não sabe nem pretende dialogar com o movimento sindical e tem uma política econômica neoliberal totalmente de ataque ao trabalho decente, aos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora e às negociações coletivas.

Sem os Sindicatos nas negociações com os patrões os trabalhadores costumam ficar sempre no prejuízo.

Por isto, lutamos pela valorização do sindicalismo brasileiro, combatemos o individualismo e o egoísmo e exigimos por parte do governo e do empresariado respeito às convenções internacionais do trabalho e às negociações coletivas.

Vale acrescentar que estar nesta lista da OIT pode também, no aspecto econômico, atrapalhar a importação dos produtos brasileiros, pois os consumidores de outros países, principalmente os mais desenvolvidos, costumam pressionar contra quem não respeita os padrões trabalhistas internacionais.

Isto também é péssimo para o Brasil, que já está em queda acentuada no PIB, com mais de 14 milhões de desempregados, com a imagem desgastada mundialmente por não ter controlado a pandemia e a destruição do meio ambiente e com um governo que vive atacando as instituições democráticas, incentivando a violência e o ódio, inclusive contra os povos indígenas, os quilombolas, os jornalistas e os ativistas políticos, trabalhistas e sociais divergentes de sua política genocida.

Acesse – www.fedmetalsp.org.br

Leia mais opiniões. Clique aqui

Conteúdo Relacionado

A reforma política precisa voltar à agenda popular – Neuriberg Dias

Os partidos políticos desempenham papel central em qualquer sistema democrático. Contudo, no contexto atual, enfrentam desafios complexos que colocam em questão a sua capacidade...

Outubro Rosa realça a necessidade de atenção à saúde da mulher – Professora Francisca

 Todos os anos, desde a década de 1990, o Outubro Rosa destaca a prevenção ao câncer de mama em centenas de países. O laço...

Indigestão burocrática – Alex Saratt

Da lei à vida: aquilo antes aprovado agora passa à prática e se vêem confirmadas as nossas críticas e preocupações. Quando denunciávamos o teor...

Eleições (3) – João Guilherme Vargas Netto

E então, estamos conversados. Os eleitores brasileiros nas votações municipais de 2024, confortados por uma conjuntura econômica e social favorável, demonstraram-se conservadores e até...

Vamos em frente! – Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Domingo, o Brasil realizou eleições em 5.518 municípios, desde as metrópoles até os vilarejos mais afastados.Isso mostra o vigor da nossa democracia e a...