21.7 C
São Paulo
sábado, 18/01/2025

Cesta básica sobe de março a março em 17 Capitais

Data:

Compartilhe:

O Dieese publicou recente pesquisa relativa à variação da cesta básica. O levantamento, em 17 Capitais, constatou elevação em 10 locais. Produtos que mais encareceram foram feijão e banana. A batata registrou a maior baixa.

Agência Sindical ouviu a Supervisora de Preços do Dieese, economista Patricia Costa, sobre a Pesquisa Nacional de Preços ao Consumidor.

Razões – Ela aponta as altas temperaturas dos últimos meses como um dos fatores para o aumento dos produtos. Em fevereiro, a pesquisa havia constatado alta em 14 das 17 Capitais.

As elevações, agora, aconteceram sobretudo no Norte-Nordeste. Recife (5,81%), Fortaleza (5,66%) e Natal (4,49%). A Supervisora de Preços do Dieese explica: “O impacto nessa Região é porque a composição dos itens da cesta difere parcialmente de outros lugares”.

Segundo a economista, o preço dos alimentos, como a batata, fez com que no Centro-Sul o valor da cesta registrasse queda na comparação com o mês anterior. É o caso de Rio (-2,47%), Porto Alegre (-2,43%) e Campo Grande (-2,43%).

Clima – As oscilações climáticas afetam sobretudo os produtos in natura (obtidos diretamente do cultivo de plantas ou animais). Patricia Costa afirma: “Com relação à banana e ao tomate, por exemplo, o excesso de calor tem jogado os preços pra cima”.

Além disso, a pressão sobre alguns alimentos ocorre devido à demanda no mercado externo. Caso do café, cuja elevação de preço também está relacionada ao aumento da exportação.

Estoque – Segundo Patrícia Costa, o preço dos alimentos deve ficar mais estável com a implementação de políticas pra atenuar as oscilações do mercado. Uma delas é a reposição de estoques reguladores. “O governo utiliza o armazenamento de produtos para colocá-los no mercado em épocas de safra baixa, evitando que a cotação tenha uma elevação muito grande”, explica Patricia.

Horas – A cesta em SP, em fevereiro, exigiu 125,57 horas trabalhadas de quem recebe salário mínimo. Mês de março, eram necessárias 126,43 horas. Fevereiro, cesta custava R$ 808,38; março, R$ 813,26. No ano passado, em SP, a mesma cesta ficou em R$ 782,23 em março.

MAIS – Site do Dieese.   

Conteúdo Relacionado

Patah reforça luta pela redução da jornada

Dia 9 de janeiro, Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da UGT, concedeu entrevista ao jornalista João Franzin, da...

Reforma agrária e urbana são urgentes

O recente ataque a um assentamento em Tremembé (Interior paulista) ligou o sinal vermelho da questão fundiária. Dois foram mortos por jagunços e outros...

Frentistas de Sergipe iniciam Campanha

Terça (14), representantes do Sinpospetro Sergipe realizaram a primeira reunião com o setor patronal. Data-base da categoria é 1º de janeiro. Sindicato representa cerca...

Professores avançam tratativas com Sesi e Senai

Os professores do Estado de São Paulo retomaram as negociações da Campanha Salarial 2025 com Sesi e Senai na terça (14), em reunião que...

Preço da cesta básica requer medidas práticas

Em dezembro, a cesta básica subiu em 16 das 17 Capitais pesquisadas pelo Dieese. No ano, os gêneros aumentaram em todas as Capitais. Dados...