A 17ª Plenária Nacional da CUT termina nesta sexta (17), em São Paulo. O evento, com duração de quatro dias, tem como objetivo avaliar o cenário político e sindical, atualizar as estratégias de luta e mobilizar as bases. Participam 598 delegados e delegadas, de todos os Estados.
Atividades acontecem na quadra dos Bancários de SP, no Centro da Capital paulista. O tema escolhido é “Novos Tempos, Novos Desafios” e o homenageado é João Batista Gomes (Joãozinho), dirigente cutista falecido este ano.
Delegados aprovarão o Plano de Lutas para os próximos dois anos. Raimundo Suzart, presidente da CUT-SP, elenca as prioridades: “Buscaremos fortalecer as negociações coletivas e o financiamento sindical, que ainda sofre os impactos das deformas de Temer e Bolsonaro. Por isso, é muito importante eleger uma bancada grande e representativa da classe trabalhadora no Congresso”.
Outros pontos a serem tratados pelo documento são: enfrentamento à extrema-direita; unidade do movimento sindical; proteção de empregos diante do avanço da Inteligência Artificial; o combate à pejotização e à crise climática; e defesa da democracia e da soberania nacional.
Autonomia – Raimundo diz ser necessário garantir a autonomia sindical. Ele explica: “Quando assinamos um acordo coletivo, ele vale pra todos os trabalhadores, inclusive pra quem não contribui com o Sindicato. Por isso não é justo que o não-sócio usufrua de um benefício sem valorizar a entidade que fez a negociação”.
Abertura – No primeiro dia da Plenária, o presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, recebeu o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, para um debate sobre “conjuntura, soberania e mundo do trabalho”.
Dirceu falou sobre a importância do movimento sindical para os rumos políticos do País. “O sindicalismo tem de ocupar novamente o centro da vida política, como fez em 1988. Foi a CUT e o movimento popular que garantiram a Constituição Cidadã, que estabeleceu os direitos sociais e trabalhistas. Agora, a tarefa é defendê-los e ampliá-los”, afirmou.
Nobre lembrou que o mundo do trabalho passa por transformações contínuas e desafiadoras. E afirmou: “A militância sindical está preparada para enfrentar os efeitos das transições tecnológica e ambiental, que alteram as relações produtivas e desafiam o movimento sindical a se reorganizar”.
MAIS – Site da CUT.









