Boletim “De olho nas negociações” apura ganho real em 76,4% dos acordos em julho – iguais ao INPC foram 8,4%; 15,2% ficaram abaixo da inflação.
Para Luis Ribeiro, técnico do Dieese, essa flutuação é esperada. Ele diz: “Nos últimos 12 meses, o desempenho se manteve estável. Até o final de 2025, os ganhos reais devem continuar em torno de 80%, enquanto reajustes abaixo da inflação tendem a ficar entre 8 e 10%”.
Dados – Foram analisados 191 acordos. Número representa 10% do número de negociações historicamente avaliadas das datas-bases em julho. Mas o quadro geral pode mudar, à medida que novos dados forem computados.
Categorias – A partir de setembro, haverá negociações de setores com maior peso na economia – petroleiros, metalúrgicos, bancários, químicos e comerciários. Para o Dieese, isso pode elevar os índices de ganho real.
Tarifaço – Em 6 de agosto, entrou em vigor a tarifa de 50% imposta por Donald Trump aos produtos brasileiros exportados aos EUA. Luis Ribeiro avalia que o resultado dessa medida para as negociações coletivas ainda é incerto. Mas afirma: “Até aqui, não houve impacto. Os primeiros resultados das negociações de agosto têm sido bem positivos”.
Inflação – Dados do IBGE mostram que o Brasil deve ter deflação em agosto. Segundo o técnico do Dieese, a queda da inflação pode beneficiar as negociações nos próximos meses. Luis afirma: “A inflação mais baixa pode levar o Banco Central a reduzir juros, o que aumentaria a circulação de capitais e geraria um ciclo virtuoso”.
Ele completa: “Também vale destacar que o tarifaço pode ajudar na queda da inflação, pois produtos antes exportados passaram a abastecer o mercado interno”.
Clique aqui para ler a pesquisa completa.
MAIS – Site do Dieese.




