Empregados da Lactalis do Brasil, detentora da Parmalat, Elegê, Batavo e outras marcas, decretaram estado de greve e marcaram mobilização nacional dia 27. O motivo é a recusa da empresa em repor a inflação na negociação salarial, além de truculência com os Sindicatos.

A movimentação é coordenada pelas entidades representativas dos trabalhadores, CNTA Afins e Contac-CUT, com suporte da UITA – União Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação. Empresa é francesa.

Ganhos – Em 2020, a Lactalis do Brasil aumentou em 167% as exportações. “A empresa recebeu isenções fiscais de governos estaduais. É um absurdo que não faça a simples reposição inflacionária”, protesta o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo. Ele conta que, na pandemia, os empregados não pararam um único dia.

A multinacional tem editado diversos informativos com ataques à ação sindical. Em Teutônia (RS), a Polícia foi acionada quando o Sindicato tentou se reunir com os trabalhadores e debater a recusa salarial. “Não se sabe o que alegaram à Polícia”, diz Artur Bueno.

DIA 27 – Os Sindicatos farão assembleias nas 19 unidades da Lactalis espalhadas no País. Boletim informativo das entidades sindicais será distribuído nos locais de trabalho, explicando o estado de greve aos funcionários. A Lactalis tem 8,5 mil trabalhadores, em oito Estados. “A articulação nacional é fundamental.

Muitas vezes o patrão joga unido, enquanto a gente luta isoladamente”, observa o presidente da CNTA Afins.

O boletim para o ato sairá também em francês e inglês e será enviado pela UITA às 250 unidades da Lactalis, que empregam 80 mil pessoas, em 88 países.

MAIS – Acesse as páginas da CNTA Afins e da Contac-CUT.