As entidades de trabalhadores nas indústrias da Alimentação vêm encontrando dificuldades na negociação coletiva com a multinacional francesa Lactalis. A empresa, que se apresenta como “líder mundial na indústria de laticínios”, quer pagar apenas 80% do INPC. Data-base é abril.

As entidades contestam, apoiadas no alto rendimento da Lactalis, que em 2020 teria aumentado suas exportações em 177%.

Ela é dona de inúmeras marcas famosas, entre as quais Parmalat, Batavo, Itambé e Elegê. Em seu site, a francesa se apresenta como a empresa “que mais capta leite no Brasil”.

Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA Afins, critica a “política antissindical” da empresa. Para enfrentar essa postura, ocorre articulação internacional das lideranças. “Segunda (19), houve reunião internacional, com representação de trabalhadores da Europa e Estados Unidos”, afirma Artur.

Artur Bueno é entrevistado pelo jornalista João Franzin, da Agência Sindical

Ante a negativa da Lactalis em discutir a pauta das entidades sindicais, cogita-se paralisação. “Devemos publicar edital informando estado de greve”, adianta o presidente da CNTA Afins.

Lucro – Artur Bueno conta que a Lactalis emprega cerca de 6.000 e fatura anualmente uma média de R$ 3,5 bilhões. “As entidades sindicais não podem permitir este tipo de atropelos e essa falta de respeito com os trabalhadores”, afirma o dirigente.

Boletim – As entidades que representam os trabalhadores da alimentação estão divulgando boletim conjunto que denunciam o descaso e a política antisindical da Lactalis. Clique aqui e leia.

MAIS – Acesse a página da CNTA Afins.