O Oscar inédito de Melhor Filme Internacional para “Ainda estou aqui” premia a cultura, a memória e o próprio povo brasileiro.
A fala é de Sonia Santana, presidente do Sindcine, a entidade representativa dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual de SP e vários outros Estados.
A dirigente, que, de profissão, é Diretora de Produção, entende que “toda a equipe engajada na realização do filme foi premiada junto com o Walter Salles”.
Sonia falou com exclusividade na tarde desta segunda (dia 2) à Agência Sindical. Ela está otimista e vê o Oscar como um estímulo às novas produções e uma forma de que o mundo olhe mais para o Brasil e o nosso cinema.
“O prêmio veio na hora certa, com a equipe certa e para o filme certo”, afirma. Ela também observa que “Ainda estou aqui” valoriza a mulher e mostra que uma atriz 50+ pode competir com qualquer estrela internacional.
Para Sonia Santana, “Fernanda Torres conseguiu um feito ao se mudar do humor para um papel denso, tenso e dramático”. Merecia o Oscar, ela diz.
Recursos – A dirigente lembra que as plataformas de streaming não são obrigadas a exibir uma porcentagem mínima de produções brasileiras e tampouco pagam a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional. Esses recursos seriam vitais para as produções independentes. Capitalizar o Fundo Setorial é, portanto, bandeira que une todo o audiovisual brasileiro.
“Momento é de alegria e êxtase”, conclui a líder de classe.
MAIS – Site do Sindcine – www.sindcine.org.br