Ciclo de debates promovido pelo SEESP recebeu mais de 50 representantes de inúmeros partidos de variadas tendências ideológicas. Esses puderam expor suas ideias e receber as sugestões da entidade.
Mantendo uma tradição de duas décadas, o SEESP realizou, entre os meses de junho e setembro, o ciclo de debates “A engenharia, o Estado e o País”, com a participação dos candidatos a presidente, governador e senador. Cumprindo o compromisso de absoluta isonomia, foram convidados todos os concorrentes registrados pelos partidos, independentemente de inclinação ideológica ou representação no Congresso.
Os que atenderam ao chamado da entidade foram recebidos, presencialmente ou de forma virtual, conforme a disponibilidade de sua agenda, e tiveram a oportunidade de expor suas propostas e ideias.
Puderam ainda receber sugestões e responder a questões da plateia no auditório ou que acompanhou os eventos pelo Youtube ou Facebook, redes nas quais as atividades podem ser conferidas. Nesse formato, os encontros constituíram-se, portanto, em chance valiosa de interação entre o político e o eleitor, livre dos artifícios do marketing e dos arroubos de palanque.
Além dos postulantes aos cargos majoritários, que compareceram aos eventos abertos ao público, passaram pelo SEESP nesse período também inúmeros candidatos a deputados federal e estadual, que manifestaram o desejo de expor suas ideias à diretoria da entidade e receber subsídios em temas nos quais o sindicato tem conhecimento acumulado para seus eventuais mandatos.
Assim, compareceram à entidade mais de 50 representantes de todos os partidos, da esquerda à direita, passando obviamente pelo centro em suas várias nuances, num riquíssimo exercício democrático, no qual a engenharia foi protagonista.
Entre os temas frequentes nas discussões, os desafios da mobilidade e do transporte público sobre trilhos ou pneus; cidades inteligentes; a necessidade de retomar as obras paralisadas e evitar interrupções que só prejudicam o interesse público; a proposta fundamental do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” de instituir secretarias de Engenharia de Manutenção nas cidades e nos estados; a questão energética e o necessário avanço do uso das fontes renováveis; a preservação ambiental; a importância das frentes parlamentares em defesa da engenharia e da infraestrutura; e a fundamental luta contra as ameaças de privatização da Sabesp e em defesa do saneamento público no Estado de São Paulo, em todas as suas vertentes.
Ainda na pauta, a luta dos engenheiros pela carreira pública de Estado, conforme prevê o Projeto de Lei 13/2013, que se encontra à espera de votação no plenário do Senado e trará não só a valorização da categoria, como ganho de qualidade importantíssimo para o desenvolvimento do País. Por fim, foi apontado aos candidatos a urgência em se travar uma discussão séria e honesta quanto ao custeio dos sindicatos, que tiveram sua capacidade de atuação ameaçada pela mudança na legislação trabalhista feita em 2017 sem qualquer debate com a sociedade.
Essas entidades hoje lutam bravamente para cumprir seu dever de defender os profissionais numa disputa desigual com o patronato. Tal situação precisa ser revista a bem da democracia e do equilíbrio nas relações entre capital e trabalho.
Cumprida essa jornada, avaliamos que o SEESP deu importante contribuição para que fosse travado o debate de alto nível sobre os rumos do País. Encerrado o primeiro turno das eleições, nos manteremos atentos ao importante processo que segue até 30 de outubro. Passada a votação, continuaremos prontos a contribuir com o desenvolvimento nacional e o bem-estar da população.
Sigamos juntos, trabalhando por um Brasil melhor.
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