14.6 C
São Paulo
terça-feira, 17/09/2024

Batalha naval e a inocência – professor Oswaldo

Data:

Compartilhe:

O jornal O Globo, informa o IBGE que cerca de 41% dos brasileiros, ou 84,9 milhões de pessoas, convivem com fome ou algum grau de insegurança alimentar.

Quando criança ou na adolescência, passávamos momentos agradáveis jogando batalha naval. Afundávamos porta-aviões, destroyers, corvetas, submarinos, fragatas e cruzadores. Não era um jogo eletrônico, muito menos aquele produzido pela “Estrela”, pois nem todos tinham condições de comprar.

Ou usávamos o papel quadriculado da contracapa do caderno de desenho ou fazíamos o quadriculado a lápis, já que pra muitos a caneta esferográfica era luxo. Dois jogadores, cada um posicionava sua esquadrilha e, utilizando de conceitos cartesianos, indicávamos onde o tiro atingiria. Ganhava quem afundasse primeiro a frota do adversário.

Provavelmente, deva ser o mesmo que acontece com a Batalha de Formosa, que de tanta importância bélica foi visitada pelo Presidente para dar o início ao combate, que na realidade se iniciava no desfile Militar ocorrido.

Voltando ao jogo, tínhamos exercícios matemáticos para interpretar o ataque e, embora soubéssemos que ninguém morreria, a situação lúdica criava imagens que hoje lembram vagamente os combates virtuais e, já em Formosa, todos os cuidados são tomados pra evitar acidentes.

Hoje, em O Globo, informa o IBGE que cerca de 41% dos brasileiros, ou 84,9 milhões de pessoas, convivem com fome ou algum grau de insegurança alimentar. Os números são da Pesquisa de Orçamentos Familiares, divulgada quinta-feira pelo IBGE.

Talvez a presença na Batalha de Formosa seja de vital importância para a segurança do País, mas na guerra no mundo real em que vivemos o único inimigo é a fome – pasmem, num País que bate recordes de exportação de grãos e proteína animal.

Fome que acarreta deficiências neurológicas irreversíveis em nossas crianças. Fome que debilita o corpo e os deixa à mercê de doenças letais – a fome onde nesses casos a morte é inevitável.

Não sei se trocaria minha batalha naval pela batalha de Formosa, mas sei necessário que nos unamos de tal forma que tenhamos forças suficientes pra fazer o que não se faz pelo Social em nosso País. As ações dos governantes têm sido pífias; a sociedade tem procurado amenizar essa ausência.

Nosso orçamento está apertado, mas não o suficiente para não ajudarmos uns aos outros.

Se você pensa como nós, colabore com a campanha CNTEEC CONTRA A FOME, depositando qualquer valor pelo site www.cnteec.org.br/campanha ou pelo PIX – CNPJ 33.857.913/0001-88, que com certeza estaremos fazendo a nossa parte para minimizar a fome de alguns brasileiros e brasileiras.

Cada cesta básica entregue é uma família a mais que estará vivendo a esperança de mais um dia de vida.

Professor Oswaldo Augusto de Barros
Coordenador do FSTCNTEECFEPAAE

Acesse – https://fstsindical.com.br/novo/

Clique aqui e leia mais opiniões do professor Oswaldo

Conteúdo Relacionado

Anistia para golpistas só beneficia Bolsonaro – Adilson Araújo

A democracia é uma flor frágil no Brasil.Esta fragilidade ficou demonstrada em diferentes episódios da nossa história.Ela está associada à impunidade que a direita...

O Brasil está em chamas! – Luiz Carlos Motta

Como parlamentar municipalista, expresso minha apreensão diante dos incêndios que assolam áreas de vegetação em diversos municípios brasileiros.Foi movido por essa preocupação que apresentei...

Propostas sindicais para o G20 Social – Clemente Ganz Lúcio

O Brasil preside neste ano o G20, fórum de cooperação econômica que reúne as 19 maiores economias do planeta, além da União Europeia e...

A fatia do bolo de Lula – Ricardo Pereira de Oliveira

Na época da ditadura ficou famosa a frase do ministro Delfim Neto: “Primeiro vamos fazer o bolo crescer pra depois distribuir”. O fato é...

Jovens e a rebeldia manipulada – Eduardo Annunciato – Chicão

É improvável encontrarmos alguém que nunca se rebelou contra alguém ou alguma coisa durante a sua juventude. Independente de costumes, culturas e condições socioeconômicas,...