A Força Sindical Estadual do Paraná emitiu Nota em que repudia a proposta do governo Ratinho Junior de privatizar a Companhia Paranaense de Energia – Copel. Segundo a Central, que no Estado é presidida pelo dirigente metalúrgico Sérgio Butka, essa medida beneficiaria o setor especulativo em detrimento da população.
“Abrir mão de uma empresa sólida, lucrativa, socialmente relevante e que tem um papel relevante no desenvolvimento do Paraná é equívoco deliberado do governo Ratinho Junior”, diz o documento.
Para Butka, o que parece é que o governo tenta aprovar a proposta a todo custo, sem discussão e diálogo com a sociedade. De acordo com o dirigente, falta transparência no processo.
“Quem será favorecido? Qual verdadeiro prejuízo para o povo paranaense?”, questiona o presidente da Força Sindical do Paraná.
NOTA – Leia abaixo na íntegra.
Nota da Força Sindical do Paraná contra venda da Copel
A Força Sindical do Paraná em nome dos milhares de Trabalhadores que representa, manifesta seu posicionamento contrário à proposta de privatização da Companhia Paranaense de Energia – Copel – feita pelo Governo do Estado nesta semana.
A proposta de abrir mão de uma empresa sólida, lucrativa, socialmente relevante e que tem um papel relevante no desenvolvimento do Paraná, mostra-se como equívoco deliberado do governo Ratinho Junior, que somente vai beneficiar o setor financeiro especulativo.
A pressa em querer aprovar a proposta a todo custo, sem uma profunda discussão e debate com a sociedade paranaense, evidencia ainda mais a falta de transparência e permite que o povo paranaense levante dúvidas sobre o comportamento do governo. Quem será favorecido ? qual verdadeiro prejuízo para o povo paranaense?
TRANSPARÊNCIA JÁ!
Enquanto diversos países do primeiro mundo começam a reestatizar seu setor de energia devido ao fracasso do processo de privatização que só trouxe prejuízos às suas populações, o Paraná prefere ir na contramão da história, entregando seu patrimônio nas mãos do capital especulativo. Estudo do Instituto Holandês Transnacional (TNI) mostra que, entre os anos de 2000 e 2015, foram identificados 235 casos de remunicipalização /reestatização de sistemas de água e esgotos, abrangendo 37 países e um total de mais de 100 milhões de pessoas, devido ao resultado desastroso da privatização, que só aumentou tarifas, não realizou investimentos e sucateou o setor. Não é para menos, ao capital interessa somente o lucro. Não há espaço para o social.
Dessa forma, esperamos que os deputados do Paraná honrem o cargo para o qual foram eleitos, o de defender os interesses da população paranaense, e barrem esse retrocesso. O povo do Paraná não pode ficar refém do capital especulativo.
Sérgio Butka
Presidente da Força Sindical do Paraná