O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado como a inflação oficial do Brasil, atingiu 1,62% em março, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta (8). É a maior taxa para o mês desde 1994, ou seja, em 28 anos.

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação atinge 11,30%, o maior índice desde outubro de 2003, quando marcou 13,98%. O resultado ficou bem acima do projetado por economistas. O intervalo das projeções para o IPCA de março de era de, em média, 1,32%.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta em março. Os principais impactos vieram dos transportes (3,02%) e de alimentação e bebidas (2,42%). São os grupos de maior peso no IPCA.

Gasolina – O principal puxador da alta foi o preço dos combustíveis, em especial, o da gasolina (6,95%). No acumulado de 12 meses, o produto tem impressionante alta de 27,48%. Outros aumentos consideráveis foram no gás de botijão (6,57%), gás veicular (5,29%), etanol (3,02%) e óleo diesel (13,65%), que passou a acumular salto de 46,47% em 12 meses.

Alimentos – A comida também causou um grande impacto no bolso do trabalhador. Entre os alimentos, a maior pressão no mês veio da alta do preço do tomate (27,22%). Além disso, pesaram itens como cenoura (31,47%), que acumula alta de 166,17% em 12 meses, leite longa vida (9,34%), óleo de soja (8,99%), frutas (6,39%) e pão francês (2,97%).

INPC – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que calcula a inflação para famílias de baixa renda e é usado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS, subiu 1,71% em março. Também é a maior variação para o mês desde 1994. O INPC acumula alta de 11,73% nos últimos 12 meses.

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