A Fundação Procon-SP realiza, periodicamente, várias pesquisas. Entre elas, a que mede a variação da cesta básica. Em março, era de R$ 1.137,20. Em abril, chegou a R$ 1.209,71.

“O preço de todos os bens subiram, e isso impacta muito na cesta básica. Para as classes mais pobres, o impacto é muito maior. E está cada vez mais difícil substituir produtos essenciais de alimentação, já que tudo está caro”, comenta Waldir Pereira Gomes, presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo.

Boa parte dessa repercussão se deve à comparação com o salário mínimo, cujo valor bruto é R$ 1.212,00. Descontados os 7,5% à Previdência, quem ganha o mínimo recebe R$ 1.121,10. Ou seja, a cesta básica ficou R$ 88,61 acima do Piso Nacional.

O dirigente não vê, no curto prazo, como baixar esse valor. Waldir Gomes afirma: “O Brasil precisa investir, por exemplo, na produção de fertilizantes, pois dependemos da importação. Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, o preço subiu. Vai impactar mais ainda na próxima safra. Ou seja, já se prevê novo aumento no preço dos alimentos, em breve”.

Variação – Entre março e abril, o aumento da cesta foi de 6,38%. Alimentação, mais 6,23%; Limpeza, 7,65%; e Higiene pessoal, mais 7,17%.

Quanto aos alimentos, a batata lidera a alta de abril, com 23,46%. O leite teve aumento de 13,19%. Frango resfriado, mais 11,89%.

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