“O presidente Lula defende Estado forte, com Sindicatos também fortes”. Essa pode ser considerada a síntese da entrevista do ministro Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego, ao Canal do Barão de Itararé, na noite de quarta, dia 12.
Mas sua Pasta praticamente tem que ser reconstruída, pois foi extinta por Jair Bolsonaro no primeiro dia de governo, em 2019. “Reconstruir é mais difícil do que começar do zero”, disse durante a entrevista comandada pela jornalista Rita Casaro, do Sindicado dos Engenheiros do Estado de SP e do Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé, fundado e conduzido, por anos, pelo jornalista e escritor Miro Borges.
Estrutura – Segundo Marinho, já foi aberto concurso pra 900 vagas de Auditores Fiscais do Ministério. Ao responder pergunta do coordenador da Agência Sindical, João Franzin, a partir de pedido do dirigente metalúrgico Josinaldo José de Barros (Cabeça), de Guarulhos-SP, o ministro garantiu que a estrutura de equipe e equipamento já está em reconstrução. “Mas não é tão rápido assim”, deixou claro.
Luiz Marinho, que, pela segunda vez, dirige a Pasta do Trabalho, pediu que os Sindicatos gerem demanda .“Não entendo por que não se retoma a luta pela jornada de 40 horas semanais”, observou. Quanto à proposta de Franzin pra uma campanha nacional de sindicalização, Luiz Marinho entende que “esse papel é mais do conjunto do sindicalismo do que de um governo, embora não queira dizer que não possamos estar juntos”.
Emprego – Luiz Marinho, ex-metalúrgico, mostrou otimismo com a economia brasileira. “O governo se empenha pra gerar até dois milhões de empregos neste ano”, disse na entrevista. O ministro também ressaltou a urgência da reindustrialização, que, nas suas palavras “deve ser agora”. Entre os setores em fraco crescimento, ele citou a indústria naval.
Programa – Teve dois blocos, três entrevistadores cada, duração de uma hora e meia.
Participaram do Bloco 1 Getúlio Xavier (Carta Capital), Pedro Zambarda (Diário do Centro do Mundo) e Conceição Lemes (Viomundo). Do segundo, Solon Neto (Alma Preta), João Franzin (Agência Sindical) e Ivan Longo ( Revista Fórum).
Transmissão – Entrevista foi ao ar pelo canal do Barão de Itararé, com transmissão simultânea também via Fundação Perseu Abramo, TVT, Agência Sindical, Viomundo, Fórum e Pão com Ovo.