Os metalúrgicos da Embraer, em São José dos Campos, realizaram quinta (13), mobilização por reajuste salarial. Os 400 trabalhadores do 1º turno participaram da paralisação e, após assembleia realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos, aprovaram aviso de greve.
Esta é a segunda manifestação da categoria em menos de uma semana. Na terça (11), os funcionários da unidade de Faria Lima, São José dos Campos, também cruzaram os braços e votaram pela paralisação das atividades caso a Fiesp, entidade que representa a Embraer, não aceite as demandas dos trabalhadores.
ALEMÃO – André Luiz Gonçalves (Alemão), diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, e funcionário da Embraer, diz: “Hoje a empresa tem cerca de 10 mil funcionários. Já realizamos assembleias em várias fábricas e os trabalhadores entendem que, se a empresa não negociar, temos de fazer greve”.
Os metalúrgicos reivindicam reajuste salarial de 14%, ou seja, com ganho real. Porém a fabricante de aviões propõe apenas 8,83%, percentual correspondente à inflação no período. Data-base da categoria é 1º de maio.
CCT – Segundo Alemão, a última Convenção Coletiva assinada é de 2018. Ele explica: “Em 2017 votamos uma Convenção válida pra 2018, durante a pandemia fizemos um acordo que renovou as cláusulas já negociadas. Mas, em 2021 e 2022, a empresa se recusa a negociar nossas demandas e ainda quer retirar benefícios já conquistados pela categoria”.
Além da assinatura da Convenção Coletiva, os metalúrgicos de São José reivindicam pagamento de vale-compras de R$ 800,00 mensais para todos da fábrica, plano de cargos e salários e proibição da terceirização da produção da empresa.
Alemão complementa: “Em diversas fábricas da região, os metalúrgicos conquistaram aumento real nos salários, renovação dos direitos e vale-alimentação. É um absurdo que a maior metalúrgica da região e uma das principais fabricantes de aviões do mundo mantenha essa intransigência. O aviso está dado. A qualquer momento podemos iniciar a greve”.
FIESP – Na terça (18), O Sindicato terá, na sede da Fiesp, uma nova reunião com os representantes da empresa.
“Se não chegarmos a um acordo, podemos iniciar uma greve no dia seguinte”, ressalta Alemão.
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