Nesta quinta (21), a luta dos 747 da Renault completa dois anos. Para relembrar a reforçar a importância da mobilização contra as demissões, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) liderou assembleia com os trabalhadores na porta da fábrica.
Na ação, os trabalhadores juntamente e o Sindicato se manifestaram pelo fortalecimento da luta contra as demissões arbitrárias na empresa, a exemplo do que aconteceu no dia 21 de julho de 2020.
Naquela data, em meio à tensão da pandemia da Covid-19, a empresa anunciou a demissão de 747 trabalhadores. Mesmo com o forte impacto da demissão em massa, ninguém abaixou a cabeça e partiu pra luta. O Sindicato dos Metalúrgicos liderou o movimento.
Na ocasião, após 21 dias de greve e forte mobilização da categoria, com grande apoio de todo o movimento sindical do Brasil, o resultado foi a readmissão dos 747 trabalhadores e conquista de acordo salarial de quatro anos com a Renault.
Segundo o presidente do Sindicato da Grande Curitiba, Sérgio Butka, os metalúrgicos fazem questão de relembrar a data e a conquista histórica que veio através da greve.
“Fazemos questão de lembrar pois não se tratou somente de uma luta dos metalúrgicos da Grande Curitiba, mas foi uma luta que virou nacional e internacional contra o desemprego e o desmando das multinacionais, que ganham bilhões em incentivos, mas não tem responsabilidade com o emprego e vida do trabalhador”, afirma Butka.
Apesar da vitória, o dirigente reafirma que a categoria deve se manter em unidade e mobilização constante. “É uma data simbólica que serve para lembrar que que a luta não pode parar e que é a união e mobilização dos trabalhadores que vão garantir a luta contra o desemprego e a flexibilização de direitos, que ainda enfrentamos”, conclui o presidente do SMC.
MAIS – Acesse o site dos Metalúrgicos da Grande Curitiba.