O Conselho Deliberativo da FUP (Federação Única dos Petroleiros), formado pela direção da entidade e por representantes de todos os Sindicatos filiados, rejeitou a segunda contraproposta de Acordo Coletivo, apresentada dia 19 pelo Sistema Petrobras. A rejeição foi comunicada à empresa na quarta, 20.
O Conselho indicou a realização imediata de reuniões temáticas entre a FUP e o RH da Petrobras, na busca por avanços na negociação do Acordo Coletivo. No documento encaminhado à empresa, a Federação cobrou a realização de cinco reuniões específicas de negociação, com os representantes da categoria, pra discutir questões relativas à AMS, Banco de Horas, HETT/Tabelas de Turno, Teletrabalho, SMS e outros temas.
“O objetivo é iniciar imediatamente essas reuniões temáticas, em modo online, para buscar na mesa de negociação as principais reivindicações aprovadas na Plenafup. Essas reuniões podem ocorrer até paralelamente, para que tenhamos tempo necessário para avançarmos”, explica o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
Segundo informa a entidade, a contraproposta apresentada pela Petrobras é praticamente uma repetição da primeira, rejeitada por unanimidade na base. A empresa mantém o desmonte das principais conquistas da categoria, insiste na retirada de direitos e promove ataque sem precedentes aos trabalhadores.
A Petrobras insiste também na extinção de Cláusula que trata sobre segurança no emprego, e na imposição de arrocho salarial para os trabalhadores, enquanto os gestores acumulam superbônus e os acionistas são beneficiados com dividendos recordes, às custas dos altos preços dos combustíveis e das privatizações.
Segundo Deyvid Bacelar, a empresa também tenta impor goela abaixo um prazo de fechamento do Acordo Coletivo até 31 de agosto. “Já afirmamos em mesa para o RH da Petrobras que essa chantagem vergonhosa da gestão, que corre contra o tempo para tentar desmontar nosso ACT, não vai nos intimidar”, reitera Deyvid.
MAIS – Site da FUP.