Guarulhos é a segunda maior cidade paulista em população, com cerca de 1,3 milhões de habitantes. O município, segundo o Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, possuía, em junho deste ano 352.673 trabalhadores registrados em Carteira.
Se juntar a esses 353.673 formais, os temporários, os informais, os precários e os intermitentes, o número de trabalhadores fica perto de meio milhão.
Embora seja cidade de tradição trabalhadora, Guarulhos não dispõe mais de uma repartição efetiva do Ministério do Trabalho e Emprego – antigamente, era a Subdelegacia do Trabalho; depois, a Superintendência Regional do Trabalho (SRT).
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Josinaldo José de Barros (Cabeça), critica: “O Ministério do Trabalho tem que ser forte em Guarulhos. Afinal, a quem vamos recorrer pra uma mediação, mesa-redonda com o patrão ou mesmo uma fiscalização contra acidente no trabalho?”
Para o dirigente, essa situação só vai mudar se houver pressão de baixo pra cima. “Os Sindicatos devem pressionar o governo federal a agilizar a reconstrução do Ministério. Vale lembrar que Bolsonaro fechou o Ministério do Trabalho, em janeiro de 2019, logo no primeiro dia de seu governo”.
Gambiarra – Hoje, a Pasta do Trabalho e Emprego funciona de improviso numa sala cedida pela representação do INSS, à rua Brasileira, 399, Itapegica. “A classe trabalhadora não pode mais conviver com essa gambiarra, que atrasa as relações capital-trabalho e deixa os trabalhadores desprotegidos”, critica Cabeça.
Responsável pelo Departamento de Saúde e Segurança do Trabalhador do Sindicato, o diretor Elenildo Queiroz Santos (Nildo), defende a contratação imediata de pessoal, a aquisição de uma estrutura própria, além da retomada do Conselhos Municipais. “A SRT é fundamental para garantir a segurança e evitar acidentes trágicos como do Paraná que causou a morte de nove trabalhadores”, finaliza.
INSS Guarulhos – 2441.1268
Mais – www.metalurgico.org.br