Neste especial e trágico momento político da vida nacional, nós, os trabalhadores e trabalhadoras que vivemos o período da ditadura civil-militar no Brasil entre 1964/85, vimos à público, através da Associação Heinrich Plagge, que reúne os ex-empregados da Volkswagen, vitimados pela perseguição política na empresa entre 1964 e 1985, manifestar nosso sentimento a respeito da nota emitida pela Volkswagen, na imprensa nacional, no dia de hoje (14/03/2021).

O primeiro fato importante nesta nota é que uma empresa do porte da Volkswagen reconhece que houve violação de direitos humanos contra seus ex-empregados naquele sombrio momento vivido no Brasil.
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Segundo, cabe registrar que esse reconhecimento se deu dentro das investigações empreendidas pelos Ministérios Públicos após denúncia formulado perante esses órgãos por 3 ex-empregados da VW (Lucio Antônio Bellentani, Expedito Soares Batista e Tarcísio Tadeu Garcia Pereira) juntamente com representações da sociedade civil, em busca de Memória, Justiça e Reparação, o que levou ao entendimentos da empresa com os MPs Federal, Estadual e do Trabalho mediante a assinatura de um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta em 23/09/2020, no qual ela assumiu reparações coletivas em prol da sociedade e, individuais, para os trabalhadores vitimados por violações de seus direitos humanos, servindo como um início da virada da triste página vivida pelo povo brasileiro naquela triste época.

Apesar disso, semana passada fomos vítimas, mais uma vez, de incompreensão por parte do Estado Brasileiro, diante de decisão relatada por um desembargador federal, reformando decisão de um juiz que reconheceu violações aos direitos humanos de vítima, ex-empregado da VW, que foi perseguido, torturado e punido em razão de sua insurgência contra o regime de ditadura militar de 64/85, afrontando, assim, a memória daqueles que resistiram ao arbítrio e, por isso, tiveram seus Direitos Humanos violados.

Neste especial momento, onde se consolida mais um passo para promover a memória de nossas lutas, as reparações coletivas e individuais assumidas pela VW abrem caminho para se fazer Justiça aos que enfrentaram e mantiveram de cabeça erguida, por décadas, sua luta, sem se dobrar ao desânimo, mas sempre acreditando em reescrever essa história, tantos anos depois.

Que neste momento da tragédia política em que vive o Brasil, a nota pública da VW, parte dos entendimentos realizados perante os MPs, acenda uma luz para se encontrar caminho em que o Estado Democrático de Direito jamais seja ameaçado e violado.
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Tarcísio Tadeu Garcia Pereira
Presidente da Associação Henrich Plagge