Emperrou mais uma vez a negociação dos professores e auxiliares de administração escolar do Ensino Superior privado com o setor patronal, o Semesp. Em carta, enviada à Federação dos Professores do Estado de SP (Fepesp), representantes das instituições se negaram a debater reajuste para os trabalhadores. A alegação das mantenedoras são as condições econômicas do País e das dificuldades impostas pela pandemia.

A Agência Sindical entrevistou Celso Napolitano, presidente da Fepesp. Segundo Celso, o patronal tenta inclusive mexer em direitos já conquistados, como recesso e garantia semestral de salários. “Depois de dez meses de negociação e um silêncio no início deste ano, o Semesp encaminha proposta que renega tudo o que foi negociado até agora. Falta seriedade nessa proposta”, diz o coordenador da Comissão de Negociação dos Sindicatos.

Sobre o reajuste, o dirigente lembra que a negociação é bianual. “Nesse período tivemos uma defasagem salarial de 11%. Com essa atitude eles jogam por terra toda negociação do ano passado e desvalorizam o trabalho dos docentes”, lamenta Napolitano.

A Comissão dos Sindicatos propôs o parcelamento do reajuste. “Mas eles negaram e acenaram apenas um Abono, que seria pago em quatro parcelas. É uma ofensa. Precisamos reagir contra isso. Vamos nos manter mobilizados”, convoca Celso.

Para o dirigente, apesar de ser um dos setores que melhor puderam enfrentar às restrições impostas pela pandemia, os estabelecimentos de Ensino Superior demonstram garantir o lucro em detrimento da valorização dos profissionais do setor. “A pandemia é apenas uma desculpa para faturar enquanto finge educar”, assegura o presidente da Fepesp.

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