Gerou indignação nas lideranças sindicais a proposta apresentada à categoria pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em reunião, no último dia 17. As duas Federações (Findect e Fentect), representativas dos trabalhadores da ECT, criticaram a proposta que sequer repõe a inflação do período (INPC).
A ECT, ligada ao governo federal, oferece reajuste salarial de 3,18%, ou seja, 90% do INPC, a partir de 1º de janeiro de 2024. Os benefícios seriam reajustados, pelo mesmo índice, a partir de 1º de agosto de 2023.
Reposição – A empresa acena com a reposição integral da inflação apenas a partir de 1º de agosto de 2024. O Acordo Coletivo teria validade entre 1º de agosto de 2023 e 31 de julho de 2025.
Para Elias Cesário, o Diviza, presidente do Sindicato paulista (Sintect-SP) e vice da Federação, a proposta está muito abaixo da expectativa dos trabalhadores. Ele diz: “Sabemos que a empresa pode fazer melhor e é para isso que vamos lutar”.
Greve – A discussão será levada à categoria Brasil afora. As entidades cogitam, inclusive, paralisação das atividades, pela valorização dos ecetistas. Em São Paulo, a assembleia será na quinta (24).
Ataques – Nos últimos anos, os trabalhadores da ECT travaram uma luta contra a privatização da empresa e o desmonte da Convenção Coletiva da categoria. Diversos direitos foram suprimidos.
Ao assumir a presidência da empresa, em fevereiro deste ano, o economista Fabiano Silva dos Santos se comprometeu com o fortalecimento da estatal e a valorização dos trabalhadores. A categoria cobra agora essa promessa.
“Vamos manter o diálogo com a empresa. Nosso objetivo é recuperar os direitos e garantir um reajuste digno. Lutamos pelo fortalecimento da empresa e valorização dos trabalhadores, conforme prometido”, garante Diviza.