22.3 C
São Paulo
quinta-feira, 24/04/2025

Alimentos sobem nas Capitais, mostra o Dieese

Data:

Compartilhe:

Levantamento mensal do Dieese mostra que o conjunto de alimentos básicos aumentou em 14 das 17 Capitais. Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, entre janeiro e fevereiro, ocorreram altas mais fortes em Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%) e Natal (2,28%).

Houve quedas em Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%).
São muitos os motivos para as altas, que vão desde a instabilidade climática, a falta de estoques reguladores e ao fato de que os grãos viraram commodities, oscilando conforma os interesses dos mercados.

São Paulo tem a cesta mais cara, de R$ 860,53. Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju, Recife e Salvador.

Causas – Patrícia Lino Costa, supervisora de Preços do Dieese e coordenadora da Pesquisa, aponta a taxa cambial, a demanda externa por soja e carne brasileiras e a instabilidade climática. “O óleo de soja bruto serve pra produzir biocombustíveis, que tiveram alta na demanda devido à necessidade da transição energética. Tanto a soja quanto a carne são commodities, e sofrem a especulação internacional”, explica.

Como ponto positivo, a pesquisadora destaca que o preço do óleo de soja diminuiu em 16 Capitais, graças ao avanço da colheita 2024/2025. Contudo, em 12 meses, o valor médio do produto acumula altas severas – 24,49%, em Porto Alegre, e 36,87%, em Campo Grande.

Importação – Para a economista, a medida do governo que zera as tarifas de importação de alimentos essenciais surtirá efeitos. Porém, adverte, deve ser temporária e vir acompanhada de ações de médio e longo prazo, com foco nos pequenos produtores. “O mercado interno precisa ser priorizado. O Brasil não pode se tornar um grande campo de produção de soja, milho e carne para exportação, apenas. É preciso incentivar o cultivo de outros alimentos”, alerta.

Estoque – Uma maneira de amparar produtores de alimentos ante eventos climáticos, por exemplo, é fortalecer os estoques regulatórios. Patrícia lembra que durante os governos Temer e Bolsonaro essa política foi abandonada. Lula tenta reativá-la. “Até o final do ano devemos ter estoques de arroz e milho. Eles são essenciais porque garantem preço mínimo ao produtor e dão segurança aos trabalhadores do setor.”

Clique aqui e leia a pesquisa completa.

MAIS – Site do Dieese.

Conteúdo Relacionado

Engenheiros de SP iniciam Campanhas Salariais

O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo realiza a 24ª edição do Seminário das Campanhas Salariais. Nesta quinta, 24, a partir das...

Congresso visa combater violência no trabalho

O Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (Diesat) realiza o 1º Congresso de Saúde do Trabalhador e...

Dirigente do FST defende Mínimo

Dias atrás, o economista e homem ligado ao sistema financeiro, Armínio Fraga, propôs congelar o salário mínimo por seis anos. Sua alegação é que...

Comerciários coletam assinaturas contra 6×1

Desde fevereiro, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo está nas ruas pelo fim da escala 6x1. Mobilização é permanente e acontece em pontos...

Murilo aponta prioridades dos Engenheiros

A chapa “Trabalho-Integração-Compromisso” saiu consagrada das eleições no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, que terminaram dia 9. A diretoria encabeçada pelo...