Repúdio fez Bolsonaro revogar decreto de privatização da saúde

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Recuo - Jair Bolsonaro ao lado do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello

Deu ruim pra Bolsonaro. Menos de 24 horas depois de, na calada da noite (terça, 27), ter editado decreto lesivo à saúde pública, precisou voltar atrás.

Foi um balão de ensaio. O presidente tentou intrujar a privataria nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), sentiu a rejeição e recuou.
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Era o Decreto 10.530, pelo qual a construção e operação de Unidades dos Estados, DF e Municípios ficariam a cargo da iniciativa privada.

Repúdio – Para Victor Dourado, presidente do Sindicato dos Médicos de SP, havia risco real de privatização. “O SUS deixaria de ser universal, que é seu propósito, e a população mais pobre sofreria as consequências”, afirma.

Pelo Decreto, as parcerias não seriam analisadas e fechadas pelo Ministério da Saúde e, sim, pelo Ministério da Economia, de Paulo Guedes.

Diesat – Para o coordenador-técnico do Diesat, Eduardo Bonfim, a tentativa de privatização coloca em risco a saúde pública. “O setor privado não garante serviço de qualidade às pessoas. O foco deles é o lucro. Não podemos aceitar calados mais desrespeito com a saúde da população”, diz Eduardo.
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Conselho – O Conselho Nacional de Saúde (CNS) se manifestou contra o desmonte do SUS. Seu presidente, Fernando Pigatto gravou vídeo com duras críticas ao Decreto.
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Assista ao vídeo aqui.

Vitória – Após pressão da sociedade e, principalmente, do sindicalismo, o presidente da República editou o Decreto 10.533, revogando o anterior. Clique aqui e leia na íntegra.