Estar doente não significa estar de acordo com a morte. A vida existe pra ser saudada. É uma dádiva que nos foi concedida pra que sirva de exemplo aos que convivem de alguma forma conosco. Lutar pela vida tem inúmeros significados.
Sobrevivência é perder a disposição de continuar lutando. Mas ao mesmo tempo pode nos levar a extremos. A fome que o diga. O desemprego sem expectativa de retorno ao trabalho. A perda do poder de ter um horizonte de oportunidades.
E, por mais que se tente esconder, defender a Economia expondo a vida à contaminação é crime, é desejar a morte. A variante Ômicron, responsável por novas ondas de Covid-19 em todo o mundo, não é exemplo de vida, é contaminação em massa. A testagem precária e a falta de disposição de demonstrar a real situação da população são omissões do Estado.
Hospitais mais bem preparados já dão sinal de saturação com o número de internações e as “Autoridades responsáveis pela ação de prevenção e precaução”, mais uma vez, se omitem e desdenham de tudo que é levado ao conhecimento público.
É dever do Estado e de todos lutar pela vida, cada um com suas possibilidades, acreditando na ciência que evolui a cada dia. Assim como ter fé no que está sendo traçado pela equipe médica. Tenho sofrido essa realidade na pele.
Mas no turbilhão que me encontro lembro também de Elza Soares, como exemplo de sofrimento, luta e superação, que há três dias encerrou a gravação de mais um CD de sua carreira, com o título “Lutar até o fim”. Aos 91 anos, vivendo-os intensamente, Elza deixa um legado que transcende a música. A Cultura curva-se à sua genialidade e determinação.
Da minha parte o agradecimento aos familiares, amigos, corpo médico, auxiliares da saúde, do mais humilde ao mais especializado, pelas orações e dedicação técnica.
Não perder a fé faz a diferença, desdenhar a ciência não é pecado venial.
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