Não tem sido fácil a retomada das aulas na cidade de São Paulo. As escolas particulares empregam cerca de 400 mil. Somados os trabalhadores da rede e seu entorno (fornecedores, seguranças, transportadores etc.), o número supera 500 mil.
Segundo Luiz Barbagli, presidente do Sinpro-SP, a retomada, ainda que com 35% da capacidade nas salas, “preocupa e assusta os professores”. Uma das razões é a vacina. “O professor não sabe quando será vacinado. Não há calendário”, diz. Outro motivo é o risco de contrair Covid-19. Pelo decreto do retorno, podem ir à escola até 35% dos matriculados.
O sistema atual é híbrido. Parte das aulas é presencial; outra, remota. Os problemas persistem. Começa pela necessidade do professor dispor de banda larga. Uma câmera capta na sala A aula presencial é transmitida. Barbagli indaga: – “Caso um aluno, pelo chat, faça pergunta, o professor pode parar e responder? E se forem várias perguntas pelo chat?”
O ensino superior estabilizou o remoto. As demais fases, a partir dos quatro anos de idade do aluno, não. Várias escolas demitiram. “Há professores que querem voltar ao trabalho. Afinal, vivem de lecionar”, observa Luiz Barbagli. A situação atual junta tudo: falta de vacina, risco de contaminação e necessidade do emprego.
As condições sanitárias e de segurança preocupam. Escola particular é empresa. O Sindicato não tem acesso. Portanto, não dá pra fiscalizar se há máscara, álcool gel, distanciamento e equipamentos, como EPIs.
Canal – Mesmo na pandemia, a entidade não deixou de prestar serviço e assistência. As redes sociais são intensamente ativas. O Sinpro mantém o canal volta@sinprosp.org.br
O presidente pede aos professores que denunciem más condições de trabalho, falta de equipamentos ou eventuais contaminações. Em Campinas, escola teve mais de 40 contaminados. “Acontece um único caso, precisamos agir. Peço que denunciem”, apela.
Apeoesp – O Sindicato dos Professores Estaduais de SP realizou quarta (10) assembleia virtual e a categoria manteve o movimento contra o retorno presencial na rede pública. A paralisação é para o presencial, mantendo-se as atividades no remoto. A Apeoesp lançou modelo de requerimento (no site da entidade), para que o profissional preencha e envie ao diretor responsável pela unidade escolar, a fim de que não lance falta no prontuário.
MAIS – https://www.sinprosp.org.br/ e http://www.apeoesp.org.br/