O programa “Cresce Brasil”, da Federação Nacional dos Engenheiros, deu um passo adiante, dia 28, com o Seminário “Como estabelecer uma indústria de semicondutores no Brasil”. Evento aconteceu na sede do Sindicato da categoria, Centro, São Paulo.
Vários palestrantes, das áreas privada, pública e acadêmica, participaram. As posições plurais não dispersaram o objetivo central do evento, ou seja, a necessidade de se construir no Brasil uma fábrica (ou mais) de semicondutores, essenciais à indústria.
Falaram o coordenador do Conselho Tecnológico do Sindicato dos Engenheiros e professor titular da Escola Politécnica de USP, José Roberto Cardoso; e Antonio Corrêa de Lacerda, economista e professor PUC-SP.
Representantes da indústria também participaram, entre os quais Nilton Morimoto, da Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores, e Fernando Momesso Pelai, especialista do Deptº de Competitividade e Tecnologia da Fiesp. Presentes ainda o governador do Acre, Gladson Cameli, e o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de SP, Vahan Agopyan.
Murilo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado de SP e da FNE, comenta: “Temos a necessidade de produzir semicondutores, temos matéria-prima em abundância, temos tecnologia e engenharia qualificada, então falta pegar e fazer. Não queremos fechar mercado pra ninguém e sim fortalecer nossa indústria”.
Recursos – Também não faltam. O vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (que ficou em Brasília devido à viagem de Lula ao Exterior) gravou vídeo no qual anunciou liberação de recursos para a chamada “neoindustrialização”, que, nas suas palavras, é chave ao desenvolvimento e à soberania.
O professor Antônio Correia de Lacerda destacou a oportunidade do Seminário, centrado na questão dos semicondutores, utilizados largamente no processo industrial. Ele vê condições políticas, junto ao governo e ao Congresso, rumo à fabricação nacional de componente estratégico à indústria nacional.
MAIS – Sites do Seeesp e da FNE.