Representantes dos cerca de 50 mil trabalhadores das indústrias farmacêuticas do Estado de São Paulo conquistaram aumento real de salário nas negociações com o patronal. O acordo foi fechado dia 12; a assinatura ocorreu segunda, 15.
As negociações foram conduzidas pela Fequimfar e Sindicatos associados. Ao todo, as tratativas com o patronato demandaram quatro reuniões.
A categoria, com data-base em 1º de abril, obteve reajuste salarial de 4,5% e também na PLR. O Piso passou de R$ 2.026,71 para R$ 2.117,91 nas empresas com até 100 empregados. Para as indústrias com quadro funcional acima de 100, o Piso foi para R$ 2.378,57.
Participação – A PLR será de R$ 2.185,73 (empresas com até 100 trabalhadores) e de R$ 3.032,61 (indústrias com mais de 100 empregados).
O pagamento desses valores poderá ser feito em duas parcelas; a primeira em 31 de julho e o restante até seis meses depois. Outra opção é depósito em cota única, até 30 de setembro.
Alimentação – A correção da cesta-básica ou vale-alimentação está entre as principais conquistas da campanha. O benefício terá reajuste de ao menos 10%, sem distinção pelo porte da empresa. Todos os trabalhadores receberão R$ 550,00. Antes, o valor era de R$ 330,00 (para empresas com menos de 100 funcionários) e de R$ 500,00 para as maiores.
Cláusulas sociais – A Convenção Coletiva garantiu cláusulas sociais como jornada de trabalho de 40 horas, licença-maternidade de 180 dias, entre outras. O presidente do Sindiquímicos de Guarulhos e Região, Antonio Silvan Oliveira, afirma: “Houve avanços nessa negociação, mas um dos principais pontos é a manutenção das cláusulas sociais. O setor farmacêutico é um dos únicos a conquistar a redução de jornada sem prejuízo dos salários”.
MAIS – Sites dos Químicos de Guarulhos e Fequimfar.