O Sindcine completou 39 anos nesta terça, dia 30. Sindicato representa trabalhadores na indústria cinematográfica e do audiovisual nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal.
Data coincide com boa fase do setor, que tem angariado diversos prêmios – como o Oscar de Melhor Filme Internacional para “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles. Sonia Santana, atual presidente do Sindcine, entende que este é “um dos melhores momentos do cinema brasileiro na história”.
Presente – A dirigente acredita que “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, deve fazer bonito no Oscar em 2026. Ela espera que o bom desempenho artístico seja revertido em um fortalecimento do mercado nacional. Para isso, aponta como prioridade a regulação das plataformas de streaming pelo Congresso.
Hoje, empresas como Netflix, Amazon Prime e Apple+ não pagam a Condecine, taxa destinada ao desenvolvimento do audiovisual brasileiro. Sonia diz: “Com a regulação, teremos mais dinheiro para a produção. Isso será importante para reduzir a jornada, que hoje chega a ser de 12 horas por dia em algumas produções”, afirma.
Para discutir as condições de trabalho dos técnicos do setor audiovisual, o Sindcine realizará, nos dias 25 e 26 de novembro, o 2º Seminário de Saúde e Segurança em Filmagens. Será na Cinemateca Brasileira (Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino).
Passado – Toni Ferreira de Souza foi o primeiro presidente do Sindicato, fundado por um grupo de profissionais no então Teatro 13 de Maio, no bairro do Bixiga, São Paulo. Antes do Sindcine, funcionou a Associação da categoria, presidida por Roberto Santos. Lei de 1978 veio reconhecer a profissão.
O Sindcine funciona hoje numa bela casa própria, térrea, numa rua tranquila no bairro Vila Mariana, São Paulo. A entidade também tem representações em outros Estados.
Profissional destacada no setor de produção, Sonia Santana trabalha pela profissionalização do setor e fortalecimento do mercado do audiovisual. Ela diz: “O ideal é formar um mercado forte, como nos Estados Unidos, onde conseguem lançar um filme, simultaneamente, em duas mil salas”.
Futuro – Uma das ideias em cogitação pela diretoria do Sindcine é constituir um fundo para velhos profissionais descobertos da proteção previdenciária. “Talvez algo parecido com o Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro”. Sonia comenta que persiste entre muitos profissionais do setor a cultura de não pensar no futuro.
MAIS – Site do Sindcine.




