20 C
São Paulo
sexta-feira, 18/04/2025

SinproSP aprova acordo e fecha Convenção

Data:

Compartilhe:

Em assembleia remota dia 27, professoras e professores da Educação Básica da Capital aprovaram por 77% dos votos a contraproposta patronal e autorizaram a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho de 2024 – até 28 de fevereiro de 2025.

“A estratégia definida pelo Sindicato, com todo o processo de mobilização nas escolas, nos fortaleceu nas negociações. Após nove rodadas, conseguimos garantir ganhos econômicos reais, além de avanços importantes em cláusulas sociais, que permitem combater a precarização e o excesso de trabalho. Agora, vamos fiscalizar o cumprimento dos direitos, por todas as escolas, como sempre fizemos”, afirma Celso Napolitano, presidente do SinproSP e da Federação, que representa 25 Sindicatos e coordenou a campanha unificada em todo o Estado. 

Economia – No pacote econômico, o reajuste total será de 5% (ou seja, a média dos índices inflacionários pelo INPC e Fipe, de 3,44%, mais 1,56% de aumento real), retroativo a março. Houve ainda unificação do Piso da Educação Infantil com o do Fundamental I, o que representa ganho de 17,4% pra quem atua no segmento. Além disso, determinado aumento do vale-alimentação pra R$ 150 (mais 23%) e da cesta básica (produtos) de 12 ou 24 quilos pra 30 quilos (ganho de até 150%). O abono ou PLR será de 18%, pago até 15 de outubro.

Na antiga cláusula de atividade substitutiva, foram incluídas todas e quaisquer atividades avaliativas adaptadas a estudantes portadores de singularidades ou com déficit de aprendizagem, assim como a orientação de trabalho acadêmico, colocando novas barreiras ao excesso de trabalho. Outro avanço diz respeito aos docentes ingressantes: ficam garantidos os direitos dos profissionais habilitados, contratados com outras denominações e que exerçam atividades docentes.

Houve ainda ajustes nas redações das cláusulas que dão conta do atraso no pagamento do 13º e do início das férias coletivas.

Assistencial – Respeitando-se o entendimento do Supremo Tribunal Federal e a deliberação da assembleia de previsão orçamentária, em novembro, a assembleia deste 27 de abril aprovou taxa assistencial, de 3%, com desconto único (salários de junho) e apenas para não-sindicalizados. Garantido o direito de oposição – quem não quiser pagar a taxa poderá se manifestar por carta ao Sindicato, entre 2 e 31 de maio. “Depois da perversa reforma trabalhista, essa necessidade se impõe, pra garantir a sustentação financeira da entidade e também como instrumento de equidade. Nosso compromisso é dar ampla publicidade ao tema e ao direito de oposição”, diz o professor Celso. Fique claro: para os sindicalizados, não haverá assistencial, apenas as mensalidades associativas, como já acontece.

MAIS – Site do Sinpro SP.

Conteúdo Relacionado

Comerciários coletam assinaturas contra 6×1

Desde fevereiro, o Sindicato dos Comerciários de São Paulo está nas ruas pelo fim da escala 6x1. Mobilização é permanente e acontece em pontos...

Murilo aponta prioridades dos Engenheiros

A chapa “Trabalho-Integração-Compromisso” saiu consagrada das eleições no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, que terminaram dia 9. A diretoria encabeçada pelo...

Vitória da greve no Sesi

Após meses de negociações e greve forte, professores e professoras da rede Sesi encerraram com vitória a Campanha Salarial. Assembleia estadual terça, dia 15,...

Quem pagar mais não ficará sem funcionários

O dirigente comerciário paulista, Ricardo Patah, está otimista quanto ao emprego no País. Ele também preside a UGT Nacional.Segundo o Novo Caged, o Brasil...

Maior Federação completa 86 anos

Luiz Carlos Motta, presidente da entidade, publica números, dados e iniciativas sobre as dimensões da maior Federação de trabalhadores do setor privado da América...