O Sindicato dos Professores de São Paulo, da rede privada, denuncia invasão de seu banco de dados e envio de e-mails para a categoria, no que a entidade qualifica como “crime cibernético e violência por grupos de sustentação a um governo que despreza a democracia e está conduzindo o País ao colapso”.
As mensagens enviadas – “ação criminosa”, diz o Sinpro/SP – convoca para a manifestação golpista no 7 de Setembro, em São Paulo.
O Sindicato reagiu de pronto, assim que informado por membros da categoria, postou informe nas redes sociais e produziu, na sequência, a Nota – “Não temos medo de fascistas” – assinada por Luiz Antonio Barbagli, seu presidente.
Tal ataque a um Sindicato alinhado ao campo democrático, e fundamentalmente voltado para a defesa dos interesses da categoria e da educação, pode ser fato isolado. Mas pode não ser. Vale redobrar a atenção.
A Nota:
NÃO TEMOS MEDO DE FASCISTAS
Já era noite da sexta, 3 de setembro, véspera de feriado prolongado, quando começamos a ser alertados por professoras e professores: “cuidado, atenção, tem muita gente recebendo um e-mail estranho, que teria sido enviado pelo Sinpro”.
Imediatamente, mobilizamos toda a estrutura do Sindicato para apurar com rigor e agilidade o ocorrido.
Tratava-se de uma ação criminosa, que usou um texto falso, mal escrito, com lista de e-mails abertas, convocando para a manifestação golpista no dia 7 de setembro, em São Paulo. Todas as medidas de segurança foram adotadas de imediato.
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Constatou-se, numa primeira análise, que os emails não estavam sendo enviados do servidor do Sindicato. Tínhamos sido vítimas de um dos tantos golpes e mentiras inventadas por fascistas covardes que se espalham – e se escondem – nas redes, sempre dispostos a disseminar terror e confusão.
Um crime cibernético e uma violência institucionalizados por grupos de sustentação a um governo que despreza a democracia e está conduzindo o País ao colapso.
Ainda na mesma noite da sexta, um primeiro comunicado oficial do SinproSP – esse, sim, verdadeiro – já alertava sobre o ataque mentiroso e criminoso, informando que a mensagem evidentemente não havia sido produzida nem enviada pelo SinproSP. O comunicado também reforçava o compromisso histórico do Sindicato com a defesa da democracia e do Estado de Direto, princípios que são inegociáveis.
Todas as medidas jurídicas estão sendo tomadas pelos advogados do SinproSP, a começar por um boletim de ocorrência feito no sábado, 4, junto à Delegacia de Crimes Cibernéticos.
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Gostaríamos também de tranquilizar as professoras e os professores em relação à segurança de seus dados. O SinproSP sempre foi muito rigoroso na proteção dessas informações, mesmo antes da vigência da Lei de Proteção de Dados Pessoais.
Diante desse fato inédito – um email falso com um banco de dados de origem até agora desconhecida – iremos até o fim para responsabilizar criminalmente os autores. E a categoria será informada sempre com muita presteza e total transparência, compromisso que o SinproSP sempre honrou.
Aproveitamos para agradecer às inúmeras manifestações de solidariedade e apoio que recebemos – e também a todas e todos que rapidamente nos ajudaram a construir coletivamente uma rede que foi fundamental para desmontar a farsa.
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Os fascistas não nos assustam – tampouco nos intimidam. Ao contrário – só fazem reforçar a certeza de que, no embate civilizatório que enfrentamos, estamos do lado certo da História. Repudiamos, desde sempre, aventuras autoritárias e arroubos golpistas. Também temos ódio e nojo às ditaduras.
São Paulo, 4 de setembro de 2021
Professor Luiz Antonio Barbagli, presidente do SinproSPSinproSP