Solidariedade à jornalista Natuza Nery
A Agência Sindical manifesta integral solidariedade à jornalista Natuza Nery, ameaçada por policial civil em São Paulo. Na noite do dia 30, a colega foi abordada em supermercado pelo cidadão identificado como Arcenio Scribone Jr., policial civil.
Em Boletim de Ocorrência registrado por Natuza consta que o investigador da Polícia paulista teria afirmado que pessoas iguais a ela “deveriam ser aniquiladas”. Caso foi repercutido por veículos como Folha de S. Paulo, O Globo, entre outros.
Extremista – O policial apagou seus perfis em redes sociais, mas capturas de tela mostram que, após as eleições de 2022, Arcenio fez diversas postagens atacando imprensa, Judiciário e Forças Armadas, de quem cobrava reação para reverter o resultado das urnas. Também elogiou os atos golpistas na porta de quartéis e questionou a confiabilidade das urnas eletrônicas.
Ante os fatos, a Agência Sindical apela à Secretaria de Segurança Pública do Estado no sentido de acelerar a apuração da ameaça. Ao ensejo, publicamos o telefone da Corregedoria da Polícia Civil – 11 – 3154.7730 (atende 24 horas). O Corregedor das Polícias é Claudio da Silva.
Vale reafirmar que ninguém, paisano ou fardado, tem o direito de constranger jornalistas ou ameaçar profissionais por supostas opiniões ou análises discordantes. A liberdade de imprensa está assegurada na Constituição Federal como um dos esteios do Estado Democrático de Direito.
Todo apoio a Natura Nery e punição ao agressor covarde.
SP, 3 de janeiro de 2025
João Franzin (MTb 12.865-SP), coordenador da Agência Sindical.
(Arte: Diário Carioca)