O que se temia está perto de ocorrer em São Paulo: colapso funerário. Segundo maior da Capital, o Cemitério Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte, suspendeu os sepultamentos por falta de espaço.
A medida foi divulgada terça (30) pelo Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), que critica a gestão da Prefeitura.
O Sindicato relaciona a suspensão ao sucateamento do serviço. “Há décadas alertamos para a falta de investimento no Serviço Funerário Municipal e o seu sucateamento”, diz o secretário de Imprensa, João Batista Gomes. A entidade cobra nomeação de concursados e ampliação de investimentos em novos cemitérios públicos.
O Cemitério da Cachoeirinha era um dos quatro que operavam durante a noite pra dar conta do crescimento dos sepultamentos decorrentes da Covid-19.
A Prefeitura informa que a cidade realizou 381 sepultamentos na segunda. No domingo, número chegou a 392, um a menos que os 393 da sexta.
Sobrecarga – Em Guarulhos, Região Metropolitana de SP, com quatro cemitérios, a situação não é muito diferente. Ricardo da Silva, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais (Stap), conta ao site da Agência Sindical que os trabalhadores estão sobrecarregados. “O Sindicato está alerta e acompanha as condições de trabalho e segurança dos profissionais do setor”, afirma.
Desde o início da pandemia, o Stap reivindica que esses Servidores sejam testados pelo menos uma vez por mês. “Os trabalhadores do Serviço Funerário estão muito expostos. É um serviço essencial. Nossa luta é pra testar ao menos uma vez por mês esses Servidores, além de cobrar constantemente fornecimento e uso de EPIs”, explica.