A corda arrebenta sempre no lado mais fraco. O ditado popular tem se aplicado, na prática, nas Olimpíadas de Tóquio, quanto às contaminações pela Covid-19.

Até domingo (25), havia comprovação de 132 contaminações pela doença. Destas, 73 eram nativos japoneses e 64, estrangeiros.

A Folha de S. Paulo desta segunda (26) repercute o case e informa: “Trabalhadores das Olimpíadas são os mais contaminados pela Covid-19”.

Há diferenças também quanto à testagem. Competidores e membros das delegações são testados diariamente. Já os funcionários a serviço do comitê organizador passam por testes apenas a cada sete dias.

A delegação brasileira está atenta a esses casos. Integrante da comissão médica do Comitê Olímpico do Brasil (COB), a dra. Beatriz Perondi, que também é infectologista do Hospital das Clínicas (SP), afirma que os protocolos sanitários são seguidos pelos atletas e demais membros do COB em Tóquio a fim de prevenir a todos contra a Covid-19.

“Temos falado nas reuniões e estamos dizendo que a ‘workforce’ está com mais casos do que quem está na Vila. E que precisam tomar cuidado”, reforça a infectologista.

Em que pese a falta de rigor no item segurança, os trabalhadores dos Jogos são atraídos pelo salário de US$ 2,5 mil dólares, ou seja, em torno de R$ 13 mil. Além disso, os operários estrangeiros tiveram passagens e estadia pagas pela organização do evento.