Os temas Vacina pra todos e Auxílio Emergencial avançaram no debate político. Mas o sindicalismo, que levantou essas bandeiras e levou a pauta aos postulantes à presidência da Câmara e Senado, ainda não pode comemorar.

“Vacinação pra todos e volta do Emergencial viraram marcadores de debates políticos e iniciativas dos formadores de opinião, mas a questão está longe de ser resolvida”, alerta o consultor sindical João Guilherme Vargas Netto.

Semana passada, os presidentes da Câmara, Artur Lira (PP), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), assumiram compromisso com o Auxílio. Já o governo fala em Bônus (BIP) de R$ 200,00, condicionado a curso de qualificação profissional.

Vargas aponta obstáculos para a viabilização das duas demandas. “Vacina requer estrutura e organização pelos governos e engajamento da população. No que diz respeito ao Auxílio Emergencial, a tática tem sido apresentar condicionantes”, comenta.

O governo sinaliza R$ 200,00 pra informais que não recebam o Bolsa-Família. No Emergencial, o obstáculo é maior, pelas condicionantes como o curso de qualificação e a aprovação da Carteira Verde Amarela – criticada pelo sindicalismo, por oficializar a precarização do trabalho.

Segundo Vargas Netto, a pauta do sindicalismo e dos setores progressistas, incluída a oposição partidária, deve ser triangular: vacina, Auxílio e isolamento social. “O avanço da vacinação e o retorno do benefício são fundamentais pra que a economia volte a crescer”, ele enfatiza.