O consultor sindical João Guilherme Vargas Netto falou com a Agência Sindical, para um balanço do ano. Ele relacionou vários fatos, medidas e situações, no que chama positividades.
Trechos principais:
- Inversão da pauta
Lula, ao derrotar a direita, inverteu a pauta de governo, adotando uma política progressista. Há, claro, problemas decorrentes da pauta de oposição. Mas o ano foi bom e terminou melhor ainda com aprovação da reforma tributária. Teve o percalço do 8 de janeiro, mas foi superado.
- Salário mínimo
Um dos feitos relevantes do ano é a retomada da política de valorização do salário mínimo, que recuperou a dinâmica de aumentos reais após vários anos de arrocho.
- Ganhos nas negociações
Tivemos ganhos reais de salário, nas negociações coletivas, nas datas-bases das categorias ou por acordo coletivo com empresas.
- Reforma tributária
Vitória espetacular do povo, do governo e de Lula. Reformas desse porte só acontecem na sequência de processos revolucionários ou assembleias constituintes. Ainda que com pequenos defeitos que a afetam, a reforma é um fato capaz de abrir progresso material para o Brasil, principalmente para o consumo das famílias.
- Sindicalismo
Essa positividade teve rebatimento no sindicalismo, claro, com acordos coletivos melhores e mais participação junto ao governo e ao Ministério do Trabalho.
- Bases
De todo modo, o sindicalismo tem a necessidade permanente de um trabalho mais persistente de “subida às bases.” Ou seja, contato constante com o trabalhador, ter presença contínua no dia a dia das categorias, seja na sede, na prestação de serviços, nas demandas das fábricas, nas lutas, no esforço de comunicação. Ou seja, corpo a corpo e olho no olho.